Você se lembra de Ronald Biggs?
Por Tadeu Nascimento
Li num
dos portais da Internet que Ronald Biggs comemora hoje, 08 de agosto, 50
anos de seu assalto a um trem pagador de Londres. Biggs
que cometeu o audacioso roubo no dia do seu 34° aniversário. Com 15
comparsas levaram 2,6 milhões de libras, que era uma grana pra sapecar elefante!
Foi o maior evento midiático da Inglaterra de 1963. A opinião pública
ficou fascinada por aqueles bandidos geniais e misteriosos. Mas todos
foram presos. Biggs, no entanto, acabou fugindo da penitenciaria
e se refugiou por 5 anos na Austrália, e depois mudou-se em
1974 para o Rio de Janeiro e ali viveu, de "papo pro ar" por 31
anos. No mesmo ano, foi encontrado pelo jornal Daily Express no Rio De Janeiro.
O repórter Colin MacKenzie recebera informações do paradeiro de Biggs, e
os detetives da Scotland Yard não tardaram a ir em seu encalço.
No entanto ele não poderia ser extraditado, pois na época não havia
compromissos recíprocos ou tratados de extradição firmados entre o Brasil e o
Reino Unido.
Biggs, "de férias" na cidade maravilhosa, amancebou-se com uma esfuziante mulata, dançarina de boate de nome bastante sugestivo, Raimunda de Castro e com ela teve um filho que o batizaram de Michael (Mike). Mike viria a ser um dos meninos do grupo infantil Balão Mágico ( juntamente com Simony, Jairzinho, filho do cantor Jair Rodrigues) que fez muito sucesso no anos 80 o que acabaria trazendo uma fonte de renda para o pai. Biggs virou uma espécie de atração turística, uma parada obrigatória para artistas e celebridades em visita ao Rio. Até o paranormal Uri Geller, um israelense famoso por supostamente dobrar talheres com a força do pensamento, procurou Biggs com uma ideia para que ele o ajudasse, em um quadro de ilusionismo, em que Geller faria um trem desaparecer. Biggs, na época com a perna engessada devido a um tombo, respondeu: "Vamos ver se você é bom mesmo, Uri: conserte minha perna agora!" Seu status de foragido lhe rendeu grande fama e Biggs passou a frequentar capas de revista e não mais que de repente, seu rosto tornou-se estampa de camisetas por todo o Rio de Janeiro. E por 50 dólares poderia almoçar, tirar fotos, bater um papo com o maior assaltante da história que, aos olhos do irreverente carioca, se tornara uma celebridade! Todo carnaval, o simpático Biggs surgia ao lado de belas mulheres ou de personalidades da elite carioca. Tornou-se uma espécie de play boy sem grana. Mas um dia a casa caiu. Em 1990, Biggs foi sequestrado por um grupo de caçadores de recompensas que o levaram para o arquipélago de Barbados na América Central. Lá o sequestro foi desbaratinado e Biggs achou brechas na lei e acabou voltando para o Brasil. Escapolir-se mais uma vez e agora de profissionais a mando do governo inglês o transformou em um anti-herói ou no mínimo, em um ladrão que deu certo. Engraçado, o povão sempre tem fascínio por esse modelo de bandido! Vide a história Lampião, o rei do cangaço! O leitor não se lembra de Leonardo Pareja que causou o maior "frisson" na mulheril de Goiânia, inclusive, recebendo visitas femininas na cadeia?
Biggs, "de férias" na cidade maravilhosa, amancebou-se com uma esfuziante mulata, dançarina de boate de nome bastante sugestivo, Raimunda de Castro e com ela teve um filho que o batizaram de Michael (Mike). Mike viria a ser um dos meninos do grupo infantil Balão Mágico ( juntamente com Simony, Jairzinho, filho do cantor Jair Rodrigues) que fez muito sucesso no anos 80 o que acabaria trazendo uma fonte de renda para o pai. Biggs virou uma espécie de atração turística, uma parada obrigatória para artistas e celebridades em visita ao Rio. Até o paranormal Uri Geller, um israelense famoso por supostamente dobrar talheres com a força do pensamento, procurou Biggs com uma ideia para que ele o ajudasse, em um quadro de ilusionismo, em que Geller faria um trem desaparecer. Biggs, na época com a perna engessada devido a um tombo, respondeu: "Vamos ver se você é bom mesmo, Uri: conserte minha perna agora!" Seu status de foragido lhe rendeu grande fama e Biggs passou a frequentar capas de revista e não mais que de repente, seu rosto tornou-se estampa de camisetas por todo o Rio de Janeiro. E por 50 dólares poderia almoçar, tirar fotos, bater um papo com o maior assaltante da história que, aos olhos do irreverente carioca, se tornara uma celebridade! Todo carnaval, o simpático Biggs surgia ao lado de belas mulheres ou de personalidades da elite carioca. Tornou-se uma espécie de play boy sem grana. Mas um dia a casa caiu. Em 1990, Biggs foi sequestrado por um grupo de caçadores de recompensas que o levaram para o arquipélago de Barbados na América Central. Lá o sequestro foi desbaratinado e Biggs achou brechas na lei e acabou voltando para o Brasil. Escapolir-se mais uma vez e agora de profissionais a mando do governo inglês o transformou em um anti-herói ou no mínimo, em um ladrão que deu certo. Engraçado, o povão sempre tem fascínio por esse modelo de bandido! Vide a história Lampião, o rei do cangaço! O leitor não se lembra de Leonardo Pareja que causou o maior "frisson" na mulheril de Goiânia, inclusive, recebendo visitas femininas na cadeia?
Em 1998, Biggs sofreu um derrame, que afetou sua fala. Foi o início de uma
série de problemas médicos. Logo entrou em depressão. Em novembro de 2000, Mike
encontrou o pai desacordado no banheiro, com os pulsos cortados.
"Foi aí que ele decidiu voltar à Inglaterra e se entregar", afirma Pickard. "Biggs estava falido, sem dinheiro, e sofria muito com o fato de seu tratamento estar custando tanto à família."
Biggs vendeu os direitos de exclusividade da cobertura de sua rendição para o tabloide inglês "The Sun", por, diz-se, 20 mil libras. Na época, a imprensa britânica disse que Biggs havia se entregado porque queria voltar ao país que amava. Chris Pickard, seu biografo, discorda: "Foi uma decisão financeira. Ron ( Biggs) estaria perfeitamente feliz vivendo até o fim da vida no Brasil".
Ronald Biggs ficou preso na Inglaterra de 2001 a 2009. Nesse tempo, sofreu diversos outros derrames. Acabou libertado devido à sua condição física.
Ele não tem muito tempo de vida e sabe disso. "Só quero viver meus últimos dias em paz. A liberdade é o maior prêmio que recebi", disse, na coletiva. "Meu último desejo é que minhas cinzas sejam divididas entre Londres, Austrália (onde vive sua primeira mulher e dois filhos) e Rio de Janeiro." Mas Biggs disse essa semana que tem muita saudade do Rio e gostaria de viver seus últimos dias na cidade maravilhosa.
"Foi aí que ele decidiu voltar à Inglaterra e se entregar", afirma Pickard. "Biggs estava falido, sem dinheiro, e sofria muito com o fato de seu tratamento estar custando tanto à família."
Biggs vendeu os direitos de exclusividade da cobertura de sua rendição para o tabloide inglês "The Sun", por, diz-se, 20 mil libras. Na época, a imprensa britânica disse que Biggs havia se entregado porque queria voltar ao país que amava. Chris Pickard, seu biografo, discorda: "Foi uma decisão financeira. Ron ( Biggs) estaria perfeitamente feliz vivendo até o fim da vida no Brasil".
Ronald Biggs ficou preso na Inglaterra de 2001 a 2009. Nesse tempo, sofreu diversos outros derrames. Acabou libertado devido à sua condição física.
Ele não tem muito tempo de vida e sabe disso. "Só quero viver meus últimos dias em paz. A liberdade é o maior prêmio que recebi", disse, na coletiva. "Meu último desejo é que minhas cinzas sejam divididas entre Londres, Austrália (onde vive sua primeira mulher e dois filhos) e Rio de Janeiro." Mas Biggs disse essa semana que tem muita saudade do Rio e gostaria de viver seus últimos dias na cidade maravilhosa.