sexta-feira, 17 de setembro de 2010


O porquê das mulheres nas nossas vidas

Por Tadeu Nascimento


Descobri o porquê das mulheres nas nossas vidas. Digo, na vida dos machos convictos. Elas vieram ao mundo para nos fazer purgar os pecados. Inclusive, os cometidos com elas em vidas passadas. Portanto, devemos agradecê-las (e orar por elas). Evidente também que somos gratos pelas delícias que nos proporcionam. Conclui que a purgação começou quando Eva fez Adão comer a maçã. Foi a "comida" mais cara e sem graça da história! Contudo, é de se questionar a razão pela qual ela insistiu com o primeiro bobo do mundo a comer o fruto proibido, se não existia fome (a felicidade era plena) e muito menos vidas passadas. Resta apenas uma hipótese para questão: que seria para o homem ir logo se acostumando com o principal desejo da mulher: fazer raiva no seu companheiro. "Meu negócio é atazanar!", explicou Eva a Adão, num longo bate-boca depois de expulsos do paraíso . "Mas Eva, a gente era tão feliz!", disse Adão. "Quem disse que eu quero você tão feliz?", esbravejou Eva. Ali começou a expiação de Adão. E, depois, as de todos os homens. Não estou generalizando. Claro que umas atazanam mais do que outras. Todavia, todas conjugam o mesmo verbo. Acho que a razão pela qual de eu não gostar de maçã tem um porque inconsciente e temerário embasado na bíblia. Sem contar que a serpente, o terceiro personagem da primeira atazanação da história, fez o papel do cabelereiro dos dias atuais: palpiteiro e fuxiqueiro. Eis o porquê das mulheres se darem tão bem com os do sexo indefinido. São a corda e a caçamba; o arco e a flecha. Depois de anos de pesquisa em busca da razão pela qual a mulher não fica uma semana sem enraivecer o seu companheiro, descobri que Deus colocou um chip- com pimenta- em cada mulher. Há quem o chame de TPM, de menopausa e ainda de neura feminina. Mas Deus é justo: colocou um chip com Halls- sabor eucalipto- em cada gay! Pra Deus tudo é possível. Depois de um longo estudo, conclui que, assim como na gestação vão se formando os bracinhos, as perninhas, o chip também vai formando em cada mulher, os dez mandamentos da atazanação:
1º- Atazanar seu homem acima de todas as coisas- Faça raiva no seu parceiro pelo menos, uma vez ao dia, de preferência quando ele estiver calmo ou ainda, quando forem pra cama, faça-o engolir um Viagra e coloque no aparelho de dvd um filme de sexo explícito e quando ele estiver à ponto de bala, diga-lhe que está prestes a vomitar aquela torta de camarão que você sugeriu no almoço.
2º- Irritar o seu homem como não houvesse uma outra oportunidade- Nunca se esqueça que sua mãe é uma parceira experiente para ajudar elevar a pressão arterial do seu parceiro- pergunte a seu pai! Por isso existem mais viúvas do que viúvos.
3º- Seja coerente (na atazanação)- Mude sempre de opinião para que ele não siga os seus pensamentos. Ex.: mude sempre -de lugar- os móveis da suite para que ele, à noite, quando for fazer xixi e beber água, acabe por mijar na cozinha e beber água da torneira do lavatório do banheiro. E, claro, você há de contar a todos que ele está ficando gagá.
4º- Não atazanar a ex-mulher do próximo- Fique amiga da ex dele, mesmo que você tenha vontade de cortar a carótida da "falecida" ! Só por saber que ficaram amigas, é motivo para ele mudar para Azrsbaijão. Ele sabe que vocês se darão tão bem que passarão espetar agulhas em um boneco de vodu com o nome dele.
5º- Não matar (de raiva), só judiar o seu companheiro. Convença-o de abrir uma conta bancária conjunta com direito a cartão de crédito e gaste- sempre- além do limite.
6º- Não desejar outro próximo perto do seu próximo, só insinue- Diga ao seu marido que o patrão dele é muito charmoso; que deve ter uma barriguinha de tanquinho; que tem um olhar de safado... e que você faria o sacrifício "em nome do nosso amor"- de ir com uma mini saia e uma blusinha bem decotada- pedir um aumento de salário pra ele, o seu querido esposo! Se ele, o seu parceiro, se enfurecer, diga-lhe que vai contar pra todo mundo que o seu querido marido tem um caso com a esposa do patrão.
7º- Honrar pai e mãe (só os seus) - Leve sua mãe para morar junto. Mas nunca se esqueça que sua mãe não pode comer sal; tem sono muito leve; ronca como um leão, padece do mal de Parkinson e tem incontinência urinária (mas não reclame, um dia você será igualzinha a ela).
8º- Quando ele conseguir juntar uma graninha, diga-lhe que você cansou da relação e que a partir de agora, você entrará com o pé e ele, inevitavelmente, com a bunda. No caso de ele quebrar financeiramente, que ele participará, com a bunda e você, piedosamente, com o pé.
9º- Esparrame pela cidade a notícia que ele tem ejaculação precoce, isto, quando consegue ereção.
10º- Diga-lhe sempre que quando ele partir pra outra vida, você, depois de cremá-lo e enterrá-lo para não correr o risco de catalepsia (morte aparente), dirá a todos que ele era o homem mais feliz do mundo. E que nunca mais vai arrumar outro, a não ser que Deus lhe dê de presente, outro igualzinho!
Se ainda ele sobreviver, entre no Vaticano com o pedido de beatificação em vida. Só pra atazanar!
E assim, de purgação em purgação, vamos evoluindo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sônia Braga em "Gabriela"


Cadê o IBAMA?

Por Tadeu Nascimento



Nas décadas de 70, 80, Luiza Brunet, Magda Cotrofe, Sandra Bréa, Sônia Braga, Lúcia Veríssimo, Maitê Proença, Bruna Lombardi, Vera Fischer e Cláudia Raia foram as musas brasileiras- além de mais algumas- que povoavam e brincavam com o imaginário masculino da época. Não é como agora que uma ou outra se destaca, a exemplo da atriz Juliana Paes. As revistas masculinas faturavam aos montes em cima dessas maravilhas. Lembro-me da estréia da nudez pública de Sônia Braga nas bancas de revistas. Não houve macho (urbano) em exercício que não se deliciou, passando e voltando páginas, com vontade de morder, beijar, etc a Gabriela Cravo e Canela do vídeo que estava ali, nas mãos... nuinha, nuinha! Como se o papel fosse a pele... e o cheiro da revista (tinta do papel) fosse o perfume daquela deusa dos anos 80. Se não me engano, existiam poucas revistas do ramo: a Play Boy, a Ele e Ela e a Sexy que estava surgindo (sem se esquecer que a Play Boy ocupou o lugar da comportada Status, que mostrava os seios, as pernas, as bundas, mas- cuidadosamente- negava aos leitores, o principal). Atualmente as bancas de revistas ocupam um terço do seu espaço físico, com dezenas revistas de sexo- sem qualquer pudor- além de DVDs e coisas afins. É a prova do poder do sexo.
Qual a diferença (dos conteúdos) das revistas de ontem com as de hoje? Os pêlos, meu caro, os pêlos! Luiza Brunet, no auge dos seus vinte anos, linda como a juventude é linda, trazia no meio das pernas uma respeitável moita (não era moitona, nem moitinha). Dizem os portais de notícias que ela voltará a posar nua, agora aos 48 anos- e, sabe-se que ainda é muito interessante. Mas aposto uma long neck que ela não ousaria expor-se com aquele buquê de pêlos! Seria, agora, algo como um bigodinho atravessado, ou um montinho muito discreto, à moicano, com a virilha cavada, ou ainda ao extremo, à moda Kojak, o que não escaparia, pelos indícios, que ali um dia foi uma virgem e densa mata! Cadê o IBAMA?
Sônia Braga, a Gabriela mostrava uma mata que não existiria na Bahia, mas sim nas mais distantes terras da Amazônia. Bruna Lombardi mostrou que sua vereda (como as do Grande Sertão) é tão bela-que se Riobaldo não fosse ficção, não deixaria que o peludo Tony Ramos pousasse o olhar- estupefato- na mata íntima da personagem Diadorim (Bruna)- no último capítulo da mini-série. A belíssima Lúcia Veríssimo também não subtraía pêlos. Sandra Bréa, idem. Cláudia Raia, bidem.
Todavia, isto ocorreu no mundo todo. As americanas com os seus mega seios (e com suas mini bundas) também expunham suas touceiras. As francesas, com suas anatomias quase anoréxicas, também. Obedecendo a nova ordem mundial do desmatamento, as mulheres modernas submetem-se a verdadeiras torturas chinesas: depilação com cera quente (e fria), na pinça, ou com lâminas (as famosas Gilette ou GII) e até a laser. Não há como negar, o planeta libido está ficando careca! Voltando pra cá, para o chão quente da parte de abaixo da linha do Equador, chamou-se atenção de muita gente a nudez de Cláudia Ohana, com seu imenso repolho negro, a um palmo abaixo do umbigo. Quem não se lembra? Há pouco tempo, Ohana voltou às bancas- vinte anos depois da primeira aparição na mesma Play Boy- com sua nudez, agora com uma modesta plantação de cerrado. Quem viu, não achou graça e os demais sexo-ecologistas não deram à mínima! Alô, Ministério Público!
Não mais que de repente, há alguns anos, a atriz e ex-miss Brasil, Vera Fischer surge com uma floresta tropical, digna de prêmio da ONU pela preservação. Foi um choque, agora para machos e fêmeas: muitos não gostaram! Como, meu amigo, se a 30 anos atrás não havia devastação rural, urbana e muito menos, pubiana?! Estamos mal de memória e mal acostumados! Ou você leitor, não gostava do que via? Às vezes, recebo emails com fotos de mulheres nuas. Não digo que não aprecio- ao contrário-, mas constato uma produção em série, de tão parecidas. O desmatamento é total, ou quase. Acho que é o reflexo inconsciente do que acontece com o nosso planeta. Do jeito que o mundo vai, vamos viver no (e do) deserto. Chame o Protógenes! Acorde o Romeu Tuma!