quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


A imagem diz tudo

A arte de ser cobaia



Por Tadeu Nascimento



A verdade de ontem pode ser um grande engano, amanhã. Leio sobre o Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA). A pessoa “portadora” deste distúrbio tem dificuldades para se concentrar- pois é dominada pela distração-, é desorganizada, tem dificuldades de aprender com erros passados, carece de previsão lógica, tem alterações de humor mais do que as pessoas, digamos normais (até porque, “de perto”, ninguém é normal). E quanto mais se exige dela mais atenção, mais sua condição piora. Trata-se de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal que impede a pessoa de concentrar, cuja causa é a deficiência de uma substância (neurotransmissor) chamada dopamina. Antigamente estas pessoas eram compreendidas como lerdas, preguiçosas, e até desparafusadas. E que caiam no choro quando gritassem com ela, pois não sabem viver sob pressão. Hoje, além de medicamentos como a “tirosina” e o “gingko biloba” que ajudam a aumentar o fluxo de dopamina, os cientistas descobriram que crianças portadoras de DDA que ouviam Mozart, mais precisamente o concerto para piano nº 21, “O Casamento de Fígaro” e o concerto para flauta nº 2, “Don Giovanni” ajustavam suas atividades cerebrais ao ritmo dos compassos das músicas que resultavam numa melhora de concentração, controle de humor, diminuição de impulsividade e aumento de habilidade na convivência social. Portanto, gritar, dar bronca não ajudam, só prejudicam. Estas descobertas foram publicadas no Internacional Journal of Arts de Medicine em 1995.

Verdades de ontem. Há poucas décadas, era incontestável que o doente deveria se internar num hospital para se curar e muito das vezes sem receber visitas. A medicina moderna entende que o paciente deve ficar o mínimo de tempo em uma maca hospitalar. Não só pelo risco de infecção, mas também pelo ambiente deprimente, próprio de casas de saúde. O afeto e o amor dos familiares são remédios importantíssimos para ajudar na recuperação desses pacientes.

O caso Viagra. A princípio, era vendido somente sob prescrição médica. A história é sempre a mesma: certos pacientes hipertensos eram medicados com substâncias a base de nitrato. Geralmente pacientes com mais de 60 anos. De repente estes cidadãos amanheciam contentes e com o ego do tamanho de uma jaca, cantando “Eu vou pra Maracangalha, eu vou de chapéu de palha, eu vou...” Estes pacientes confidenciavam aos seus médicos que estavam muito felizes , que faziam- ou que queriam fazer- coisas que até se ruborizaria. Os médicos começaram a invejar a condição erótica de seus pacientes. “Ora, se eu, que sou mais novo, estou rateando, porque será que estes velhinhos estão literalmente matando à pau?” Algo está errado! Ou melhor, está certíssimo! Precisamos pesquisar!” Pouco tempo depois lançaram ao mercado o Viagra e, em seguida, os seus similares. Todos com tarja preta, isto é, vendidos somente sob prescrição médica, pois havia o risco de mal súbito por associarem o Viagra com outros remédios para hipertensos. Mais uma surpresinha: os pacientes usuários do Viagra melhoraram suas condições coronarianas! Acredita-se que a causa é proveniente da auto estima. Logo os cientistas baniram a tarja preta e liberaram o Viagra, que ao meu ver, foi a maior invenção ou descoberta- depende do ponto de vista- depois da roda. Aliás hoje a roda gira mais redonda do que nunca, graças ao Viagra! Em agosto de 2010 cessa os direitos de exclusividade de fabricação do medicamento pela Pfizer. A partir de então, por força da concorrência, o Viagra custará ao consumidor o preço de um Dorflex.

Ser cobaia é mais importante que a vã filosofia e a psicologia imaginam. Como é que os cientistas descobriram que um cálice de vinho, em jejum, diariamente, faz bem para o coração? Ora, só se for pelo fato de um dos seus pacientes ter sido alcoólatra. Quem se arvoraria beber vinho de manhã, tirante o vigário na missa das sete? Antigamente não tinha perdão para qualquer bebida alcoólica. O álcool era o vilão, o demônio. Demoraram um tempão, mas enxergaram o lado benéfico da hidroxila. Então exaltaram o vinho e logo depois a boa nova da defesa da tese de que a cerveja faz um bem danado ao coração. Daqui a pouco, hão de defender uma caipirinha regularmente, pois ela ajuda o cidadão romper a casa dos 100 anos. Viva Oscar Niemayer que fuma e bebe e que completou 102 anos no dia 16 de dezembro!

O que mais mata, caro leitor, é o estresse, é o deixar de sonhar, é a incapacidade para amar e de ser amado. Feliz Natal.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


"A Face Oculta das Nádegas"



A Influência do Bumbum na humanidade


Por Tadeu Nascimento



Dizia Rubem Braga que a diferença entre crônica e artigo é que a crônica é contar um caso e o artigo é explicar o caso. Na prática a diferença é pouca, pois não sei limitar o que é um, o que é outro. O fato é que quando quero escrever uma crônica, acabo escrevendo um artigo. Pesquisando a respeito, conclui que não existe crônica sem explicação. Indiretamente o cronista explica o caso. Digo isto porque me considero cronista e não articulista. No meu conceito, articulista é aquele que escreve coisas com carga de notícia, que se preocupa em informar ao leitor coisas boas e ruins. Mais ruins, do que boas. Já a crônica é algo leve, sem a rigidez da notícia. Abre-se o jornal e lê-se críticas ao presidente, ao governador, ao senador, ao prefeito e ainda os acontecimentos políticos. Tudo isto é artigo. A crônica é o recreio, a pausa, o relaxe entre a dureza da notícia e as farpas daqueles que de um modo ou de outro, brigam pelo poder.

Entre o escândalo dos Panetones dos Demos de Brasília e o palavrão do presidente, dizendo que vai tirar o povo da merda, uma reportagem chamou-me a atenção que resultou nesta crônica. Trata-se de um livro e de um documentário – ambos com o mesmo nome- que foram lançados no último dia 9 de dezembro em Paris e que levam o título de “la Face Cacheé des Fesses”. A editora está investindo pesado e espera faturar muito “argent” (grana) com as obras.

Caros leitores, numa tradução livre, o referido título significa “A Face Oculta das Nádegas”, cuja pretensão é demonstrar a influência da bunda na humanidade. Isto mesmo, sem hipocrisia e direto ao assunto: os autores concluíram, depois de 18 meses, uma investigação séria e ao mesmo tempo engraçada. Começa por uma referência a revista semanal “L’Express” que descreveu o bumbum como a parte mais subversiva da anatomia humana. O livro cita também Jean Paul Sartre, o grande filósofo do existencialismo quando cunhou esta máxima: “A pátria, a honra, a liberdade nada existe: o universo gira em torno de um par de nádegas!” A imprensa francesa comenta que o lançamento deste livro e também do documentário são as melhores obras deste fim de ano. São a cereja do bolo natalino e que ambos vão dar o que falar.

Tem razão os autores do livro. É grande a influência do bumbum na história da humanidade. Aliás, sempre pensei nisso. Cleopátra, que segundo uma moeda antiga de Roma- que traz sua face- prova que era uma mulher feia. Mas como pode uma mulher feia fazer curvar-se o homem mais poderoso do mundo que era Julio Cesar e ainda fazer de Marco Antônio seu amante e vassalo ao ponto de se matar por ela, a rainha morena do Egito? Imagine os habitantes de Roma que era o centro do Universo daquele tempo, indagando o que tinha a mulata do Nilo que as branquelas romanas não tinham? O que fez ela para Julio Cesar se apaixonar? E depois com o seu amigo general Marco Antônio acontecer o mesmo? Os gregos fizeram a maior guerra do mundo contra os troianos, onde morreram mais de 100 mil homens, por causa da princesa Helena que o príncipe troiano Páris raptou. Com milhares de mulheres aos seus pés por que estes homens poderosos se curvaram por estas duas mulheres?

O rei Luis XIV construiu o Palácio de Versalles para encantar a voluptuosa Madame Pompadour, que segundo os historiadores tinha um furor...Napoleão Bonaparte também deu um palácio para Josephine que o traia constantemente. O príncipe Shah Jeahan construiu o magnífico Palácio Taj Mahal para abrigar sua amada, a princesa Mumtaz Mahal. É o poder que certas mulheres tem que faz a humanidade andar pra frente.

Aqui do lado de baixo do Equador, mais precisamente na terra do Pau Brasilis, onde miscigenação fala mais forte e que o negro tem sua contribuição importante com seu “gen” africano, mais precisamente da nação dos Akibundos- daí a origem da palavra bunda, pois as negras escravas tinham traseiros avantajados- deixou-nos de presente a fama de termos as mulheres mais sensuais do planeta. Com isto, restou uma verdade: todo mundo tem nádegas mas nem todo mundo tem bunda. Quando se refere a bunda, há de se compreender um complexo de curvas que começa na cintura e termina nas coxas. A bunda propriamente dita é o núcleo, e sozinha não faz verão. Quando Luis Gonzaga compôs “Cintura fina, cintura de pilão” queria ele dizer que para ter nádegas bonitas é preciso, antes de tudo, ter cinturinha de pilão. Assim como a formiga tanajura, para ter volume nos glúteos é preciso ter cintura. Garrincha- que nunca foi Mané- jogou para escanteio o Botafogo pra ficar, digamos, com o par de nádegas de Elsa Soares, que tinha um vozeirão e uma silueta mais poderosa ainda.

A atriz Juliana Paes, com seu 98 centímetros de quadril, comprovou que o talento da cintura para baixo tem mais valor que o talento do pescoço para cima e para o deleite dos telespectadores, mostrou a sua belíssima retaguarda- nua- na praia numa novela global- que a fez famosa e rica, a custa do quê mesmo? Da bunda. Fernando Collor e a sua frase que nunca foi publicada: “Meu reino por um par de nádegas da Tereza Collor!” Perdeu o reino. Por causa de um frontispício do par de nádegas de Lilian Ramos, o insosso Itamar Temperamental Franco, o presidente pão de queijo, cantou todos os sambas enredo de todas escolas de samba no carnaval do Rio de Janeiro.

Loucos ou não. Por causa de um traseiro moreno de uma plebéia, o Príncipe de Gales, Eduard VIII, filho de Jorge V, abdicou-se do trono da Inglaterra para viver com a fogosa Wallis Simpson em 1936. Charles, o atual Príncipe de Gales trocou a angelical princesa Diana Spencer pelos segredos da sem-bunda Camila Parker. Eduard pode ter sido louco, mas não foi tantã como seu parente Charles que entende mesmo é de caneta Parker e não entende nada de...bundas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Júlio César


O ano bissexto e o roubo de 10 dias do calendário


Por Tadeu Nascimento



Parece uma história absurda, mais não é. O Papa Gregório XIII- o homem que mandava em todos países católicos- inclusive nos reis desses países- determinou, que o dia seguinte ao dia 4 de outubro de 1582 não fosse o dia 5, e sim dia 15. Que suprimissem 10 dias daquele ano e três anos bissextos em cada 4 séculos seguintes. Razão da rapinagem: o ano solar, por séculos, era composto por 365 dias, ao passo que na verdade, o ano sempre teve e tem 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Se continuasse a persistir o ano de 365 dias exatos, ao cabo de muitos anos -na Europa- o inverno cairia em junho e o verão em dezembro, características do hemisfério sul. E a permissividade da festa pagã do carnaval cairia em cheio na semana de contrição da Paixão de Cristo. Com estas mudanças iniciava-se, pois, o Calendário Gregoriano. A Inglaterra se rendeu ao calendário papal somente quando suprimiu os 10 dias em 1752 (de 03/09/1752 a 13/09/1952). A Rússia, por ser uma nação ortodoxa, só suprimiu os 10 dias depois da revolução bolchevique em 1918 (31/01/1918 a 14/02/1918). Abemos papa!

A princípio, o calendário fora instituído de forma arbitrária por Rômulo, fundador de Roma, que não era astrônomo e sim um grande guerreiro. À parte disto, as palavras calendário e almanaque são, neste contexto, sinônimas, embora de origens diferentes, acabam tendo a mesma finalidade, pois a primeira vem de “calendas” que para os romanos significava o primeiro dia de cada mês e a segunda, procede dos termos árabes “al” e “monach” que em português significa “a conta”. O ano era composto de 304 dias divididos em 10 meses, uns de 20 dias e outros de 55 dias, o que deveria ser uma balburdia. E tinha o seu inicio em 1º de março, homenagem ao deus Marte, de quem Rômulo acreditava ser descendente. O segundo mês homenageava-se Aprilis, um dos nomes da deusa Vênus, o terceiro, a Maius, de Maia, mães do deus Mercúrio, o quarto a Janius, de Juno, outra deusa da mitologia romana. Daí provém os nomes de março, abril, maio e junho que se conservam até hoje. Os nomes dos meses restantes eram Quintilis, Sextilis, Setember, Octuber, November e December. Em suma, a primeira metade do calendário era em homenagem aos deuses de então e a segunda metade- por falta de imaginação ou por escassez de deuses- os cinco meses restantes, foi nominada por ordem numeral.

Um rei de Roma chamado Numa Pompílio reformou o calendário, acrescentado-lhe os meses Janeiro (de Janus, o deus de duas caras) e Febrarius (de Februs, deus da morte). Os meses de Marte, Maius, Quintilis e Octuber tinham 31 dias e o restante 29 dias. Portanto, faltavam 10 dias para que o ano civil estivesse de acordo com o ano solar inventado pelos egípcios. Júlio Cesar, 44 anos antes do rabino de Nazaré trazer as Boas Novas, suprimiu o mês Quintilis e no lugar deste inseriu o mês Julius (com 31 dias) em homenagem a si mesmo. Com a morte de Júlio Cesar ascende ao poder o seu sobrinho Otávio que se nominou Otávio Augusto. O nome Augusto refere-se à divindade. O sucessor de Júlio, o imperador Otávio Augusto disse ao seu próprio umbigo: se eu sou divino, também mereço um mês no calendário! Impôs então, o mês de Augustus que viria a ser Agosto (também com 31 dias, para não ser menos prestigiado do que Júlio Cesar), que empurrou então os meses seguintes para frente. Por isso o mês de setembro, refere-se ao mês 9 e não ao numeral 7; outubro, refere-se ao mês 10 e não ao numeral 8; novembro, refere-se ao mês 11 e não ao numeral 9; dezembro, ao mês 12 e não ao numeral 10. Como é sabido o ano tem 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Portanto seria impossível conviver com esta inexatidão de tempo. Com isto o calendário estava adiantado em 10 dias em 1582 e por conseqüência o carnaval tendia alcançar a Páscoa que tinha por base o equinócio (quando o dia e a noite tem a mesma duração) de março, o que seria um contra- senso. O Primeiro Concílio da Igreja, o de Nicéia, no ano de 325, determinou que a Páscoa seria celebrada no domingo seguinte a lua cheia, após o equinócio da primavera do hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril. Para resolver a questão- por ordem do santo papa Gregório XIII- suprimiram os 10 dias referidos e acochambraram o calendário mantendo o tão importante ano bissexto.

Ano bissexto. Em 4 em 4 anos, um seria de 366 dias. Muitos entendiam e ainda entendem que é bissexto o ano quando este tem 366 dias, justamente por conter dois números 6 no numeral 366. Ledo engano. A origem do termo ano bissesto é outra. Os romanos contavam os dias do mês de uma forma muito estranha. Júlio Cesar determinou que este dia a mais, fosse inserido entre os dias 23 e 24 de fevereiro, portanto seis dias antes de março. Séculos depois, com o calendário gregoriano, estabeleceu-se que seria o dia seguinte ao de 28 de fevereiro. Mas na Roma Antiga não se dizia dia 24 de fevereiro e sim, o sexto dia das Calendas de Martius, ou seja, seis dias antes de 1º de março. Com a inserção de mais um dia, o segundo sexto, explica-se, pois, o ano bissexto (antediem bis-sextum Calendas Martii). Se o imperador tivesse determinado- por exemplo- que seria no dia 25 este dia a mais, o ano de 366 dias não se chamaria de bissexto e sim de “biquinto”. Ave Cesar!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ela, depois de ingerir a Flibanserina


O Viagra feminino: o bicho vai pegar

Por Tadeu Nascimento



Flibanserina é o nome da fera, isto é, da substância (principio ativo) que vem aí para apimentar o planeta. Ela vem para salvar as mulheres da tristeza do TDSH (Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo). Após uma década do lançamento do Viagra, está em fase final de testes a versão feminina do medicamento que revolucionou o comportamento sexual masculino tratando problemas de disfunção erétil. Já apelidada de Viagra Cor-de-Rosa o produto chega às drogarias no começo de 2011 com a promessa de virar de pernas para o ar o comportamento sexual das mulheres. Se o Viagra original aumentou a temperatura corporal dos homens, imagine agora com a parceira turbinada. Será como milho de pipoca em panela quente.

A descoberta ainda carece de aprimoramento. Mas daqui alguns anos o bicho vai pegar! Desenvolvida pela indústria farmacêutica Boehringer Ingelheim a nova pílula aumenta a libido agindo diretamente no cérebro. Não vai dar para quem quer. A empresa detentora da patente, a Boehringer, está com a expectativa de faturar muito mais que as cifras obtidas com a comercialização do Viagra e similares, ou seja, a Flibanserina (que deverá receber um nome comercial adequadamente sugestivo) deverá render aos cofres da empresa mais de 2 bilhões de dólares por ano!

Enquanto isso fico a imaginar algumas conseqüências quando esta tal de Flibanserina sentar praça na jurisprudência. O cidadão na peleja para levar a presa ao seu abatedouro esbarra na negativa da fêmea que se escorrega quem nem enguia. Ele espera então a durona ir banheiro e derrama duas doses (dilui as pílulas) da Fliban no seu copo. Meia hora depois a imbatível (preste a ser abatida) se manifesta: “Tô com um calor! Que vontade de tomar um banho! Você mora aqui por perto? No seu apê tem banheira, ‘morzinho’? Paga a conta, está me dando uma zueira!” E o mais interessante: e se a distinta, por natureza, tiver a quentura de um Vesúvio e que só estava se fazendo de difícil? E se ela ingeriu uma pílula no banheiro? Aí, meu caro, ninguém segura: vai voar caco de paralama, de pára-choque, de rebimbeta da parafuzeta e até de retrovisor.

A coisa é séria, leitor. O laboratório deverá alertar para as reações adversas. Exemplo: que é extremamente perigoso o uso da Fliban por mulher feia, senão eu não sei o que vai acontecer! Às hipertensas, não consumir com bebidas alcoólicas, principalmente uísque, sob o risco de se implodirem. Hiper dosagem pode causar infarto. Não nas mulheres, mas nos seus homens na hora H. As doidas, só com acompanhamento do médico psiquiatra e ainda com camisas de força. Sapatão então, nem pensar: vão arrancar as mulheres dos homens! E os gays? Os gays que vão baixar em outra freguesia ou esperar a invenção do Viagra arco-iris!

É sabido que os rapazes, nas boites, estão turbinando suas libidos tomando energéticos com Viagra. Dizem que até as mulheres estão tomando. E agora com este aditivo cor-de-rosa? A rapaziada terá que ingerir doses para elefante para fazer frente às leonças que estarão à caça. Mas também surgirá a lenda do efeito inverso nos homens e com isso, os machões estarão preocupados em não afinar a voz e beberão somente suas próprias bebidas e se portarão como cães de guarda a vigiar seu copos.

Situações nos lares. O marido para esposa que está assanhada: “Que isto mulher, tomou Fliban?” A esposa que encontrou um comprimido de Viagra no bolso do marido: “Por acaso, com quem você está usando Viagra? Resposta do marido: Claro que é com você, Bemzim! Depois que você passou a usar este tal de Fliban, só tomando o ‘Azulim’!”

Pelo andar da seriema, já devem estar escolhendo o nome para batizar esta substância. Como no caso dos estimulantes masculino Viagra, Cialis e Levitra eu lanço aqui a campanha para escolher o nome para este produto que vem para dar cor à vida de muitas mulheres. Sugestões: Mileva (à loucura), Supita (que eu preciso), Malagueta (para temperar), Stupim (pra explodir) e Nitro (alusão a nitroglicerina). Porque o importante é ser feliz.

Só de pensar que na Idade Média o prazer era coisa do capeta no corpo das mulheres, causa-me vergonha de que um dia fomos tão ignorantes.