domingo, 10 de maio de 2009

TADEU NASCIMENTO NO BLOG ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS

ASSOCIAÇÃO DOS PERITOS
CRIMINAIS FEDERAIS



domingo, 10 de maio de 2009
Detalhes do Artigo
Por que o STF protege Daniel Dantas?


por Tadeu Nascimento


O povo brasileiro está estupefato diante dos últimos acontecimentos que envolvem o sr. Daniel Dantas. Mais ainda com as decisões do STF relativas ao caso. Fatos que põem em risco a segurança jurídica. No mínimo, é muito estranha a dedicação da Suprema Corte a este banqueiro que mais causou prejuízos ao Brasil nestes 508 anos de história. Ninguém roubou tanto da nação. Então, aos fatos: quando a Polícia Federal agiu na chamada Operação Chacal, constatou transações criminosas do Banco Opportunity, de sua propriedade, que redundaram no Escândalo das Teles, leia-se Brasil Telecom, Tele Centro-Sul, Telemig Celular e Amazonas Celular. As acusações eram de corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas, obtenção e uso de informações privilegiadas e formação de quadrilha. A pendenga chegou à Corte Suprema em 2006. Mas aí, a então presidente Ellen Gracie, no alto de sua sapiência, proíbe a abertura dos discos rígidos dos computadores do Opportunity. Para a ministra, pasmem, não havia prova de que Daniel Dantas da Opportunity era o mesmo Daniel Dantas do Opportunity Fund, sediado nas ilhas Cayman, que é um paraíso fiscal. Com isso, além de colocar em cheque a credibilidade da Polícia Federal, a desafiou! “Não ponha o dedo aí, mamãe bate!” A Polícia Federal não parou aí. Não se intimidou. Em julho deste ano, a Operação Satiagraha (em sânscrito significa “insistir pela verdade”, palavra usada por Gandhi na luta de libertação da Índia do domínio inglês), sob a responsabilidade do delegado federal Protógenes Queiroz, que, por sua vez, cumpria determinação do juiz federal Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, leva à prisão temporária, a fim de assegurar a coleta de provas, o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta, o empresário Naji Nahas, todos figurinhas carimbadas de lama de outros escândalos (Pitta, por corrupção enquanto prefeito de São Paulo, e Nahas, por provocar uma quebra monumental na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), além de dois empregados de Dantas, o ex-presidente da Brasil Telecom Participações Humberto Braz e o consultor Hugo Chicaroni, por corrupção ativa, por tentarem com R$ 1 milhão corromper o delegado federal da Polícia Federal de São Paulo Victor Hugo Alves. A propina consistia em retirar o nome de Daniel e o da sua esposa, Verônica Dantas, do referido inquérito. Tudo foi gravado e filmado com a devida ordem judicial. Mas eis que surge um personagem que se julga o pai de Deus: o presidente da Suprema Corte, Gilmar Mendes, que, respondendo por todo o colegiado (o STF estava em recesso), atropelou as devidas estâncias da Justiça Federal, ao apreciar, diretamente, decisão de juiz de primeiro grau, mandando soltar Dantas, por meio de um “habeas mala” (solte o malandro) alegando falta de provas. Uma segunda decisão da Justiça Federal em primeiro grau, com as devidas provas, devolve às grades o banqueiro, agora com o pedido de prisão preventiva para garantia da ordem pública e conveniência da instrução processual em face do poder corruptor de Dantas. Zeus, o pai de Deus, manda outra vez tirar o banqueiro da cadeia. E, se preciso, tome mais “habeas picareta”. Desmoraliza-se as instituições. “Às favas o Estado de Direito!” “Eu mando!” “Eu posso tudo!” “Acima de mim, nem Deus!” Dias depois, todos os envolvidos ganharam liberdade e agora estão por aí dando gargalhadas, provando que o crime compensa. Mais: os que navegam nos mares bravios da legalidade pagam o pato por serem probos. Afastaram Protógenes das apurações. Deslocaram-no para a seção dos surdos-mudos. E a ditadura do Supremo continua. Decreta-se o fim das algemas aos presos ainda não condenados e para os que não oferecem perigo. Mas como saber quem é perigoso? Isto acaba por expor, sim, os policiais a extremo perigo. E, ainda, imensos gastos para captura de foragidos. PC Farias e Cacciola são exemplos claros. É o efeito Dantas, o pai de Zeus, o avô de Deus. Diante disso, outros turistas que passearam algemados ante a carceragem da Polícia Federal como PC Farias (que deve estar rosnando no túmulo), o ex-senador Jader Barbalho, Zenildo Veras, da Construtora Gualtama, e tantos outros artistas, estão babando de inveja de Dantas. “Pra mim, não deram esta moleza!” “O que ele tem que eu não tenho!” “Este Dantas deve ter o rabo de todo mundo nas mãos!” “Como é poderoso esse Dantas!” Continua a pergunta: se era para fazer cumprir o art 5°, inciso LIV, da Carta Magna, por que só agora decidiu o pai de Deus fazê-lo? Por que esta benesse só a partir de Dantas? Gilmar Mendes, que para muitos operadores do Direito é o mais brilhante da Suprema Corte, esculhamba o Judiciário, o Ministério Público e a atuante Polícia Federal. Aliás, um juiz federal, professor de cursinhos para concursos em Goiânia, enaltecia a figura do ministro Mendes como o “The Best” entre todos do mundo jurídico. O juiz-professor deve ter queimado a língua! Gilmar Mendes, ex-procurador geral da República, é homem ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tanto que este o indicou para o cargo de chefe do Ministério Público e, depois, para ministro do STF. Aliás, a ministra Ellen Gracie também foi indicada pela obra e graça de FHC. E pra quem não sabe, o maior dos tucanos também teceu a trama em uma reunião no Planalto, onde determinou que o controle das Teles, a partir de então, seria de Daniel Dantas. Dantas foi apresentado a Fernando Henrique pelo então senador Antônio Carlos Magalhães quando o importante vigarista era consultor econômico do PFL. À época das privatizações, não era incomum presidentes de países garantirem amigos em cargos estratégicos. Carlos Salinas, ex-presidente do México, abençoou Carlos Slin, hoje dono da Claro Telefonia, fazendo dele um dos homens mais ricos do planeta. Isso tudo é bem contado no site do excelente jornalista Paulo Henrique Amorim (paulohenriqueamorim. com. br) e também na revista semanal Carta Capital, de Mino Carta (e no site http://www.cartacapital.com.br/), o melhor e o mais independente jornalista do Brasil, criador das revistas Realidade, Veja, IstoÉ e Isto É Senhor. É por estas e outras que Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, causador de um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos, se expõe todo sorridente diante da imprensa, depois de oito anos foragido da Justiça, mesmo amargando cadeia no Bangu VII. Vale lembrar que quem concedeu “habeas mala” a este banqueiro foi o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, primo em primeiro grau de outro artista, o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Sabe Cacciola, que logo estará em liberdade e com a grana no bolso, razão de seu sorriso às escâncaras. Ficou cristalino que as preocupações de Dantas eram e ainda são a Justiça em 1° e 2° graus de jurisdição. Ali, pode ele sucumbir, mas no Supremo será tratado como um ser mais do que supremo. Blindagem à parte, em 25 de setembro último, ou seja, depois do deslocamento de Protógenes, a Justiça Inglesa comunicou ao governo brasileiro que bloqueou US$ 46 milhões de Dantas, por lavagem de dinheiro. A picaretagem foi descoberta pela Polícia Federal na Operação Satiagraha em conjuminância com as autoridades britânicas. Em tempo: a capa da revista Carta Capital de 15 de setembro traz estampada a foto de Daniel Dantas com os dizeres: “O dono do Brasil”.


Fonte: Tadeu Nascimento (Funcionário público e advogado) Diário da Manhã/GO Segunda-feira, 06 de outubro de 2008

TADEU NASCIMENTO NO BLOG DE MAITÊ PROENÇA




Proença

famosas.wiki.br


Tadeu Nascimento


A dublê de escritora, a bela atriz Maitê Proença, 50, ainda mostra, nos seus novos filmes, sua silhueta nua nas telas de cinema e deve repetir mais um

  • Perfil

    Maitê Proença

  • Idade
    49 anos
  • Aniversário
    28/01
  • Local de Nascimento
    São Paulo, SP
  • Ocupação
    Atriz
    Escritora


TADEU NASCIMENTO NO BLOG DA MAITÊ PROENÇA

MAITÊ PROENÇA, EIS UMA MULHER!

Por Tadeu Nascimento

A vida é dura pra todo mundo, mas pra uns é duríssima. (será que Deus estica as cordas de uns mais do que as dos outros?) Contudo estes uns conseguem sobreviver vencendo adversidades, atravessando vielas estreitas de espinhos com muitas feridas cicatrizando enquanto outras tantas acabam de surgir. Como conseguem? Que força extraordinária! Uma batalha dentro da outra. Isto é vida?

Num incerto dia, três ou quatro anos atrás, li numa sala de espera de um consultório, uma crônica da dublê de atriz Maitê Proença. Na sala de espera de consultório lê-se qualquer coisa que estiver ao alcance. Folheando a revista deparei-me com o título “Matei por amor”. No canto superior esquerdo da página, o belo rosto da cronista-atriz. Curioso, mesmo antes de saber do seu passado doloroso, via no olhar verdeado da atriz um quê de tristeza, um ar de melancolia como se sua alma estivesse deslocada do próprio corpo. Uma sem-graceza tão denunciante que eu pensei como é que esta atriz (embora belíssima) conseguiu fazer parte da elite de atores que trabalham na Globo. Hoje a vejo como ótima atriz e uma escritora inteligentíssima. Recentemente, comprei o livro “Uma Vida Inventada” de sua autoria e nele- para minha surpresa- a tal crônica que li naquele consultório.

Ouso dizer que é um livro excelente. Maitê escreve com um talento que eu gostaria de tê-lo. Raios não caem duas vezes no mesmo lugar- começa a crônica que virou livro. Na minha casa caíram e assim convivi com dois homicídios, no período de minha infância, o do meu pai e de minha tia sua irmã, que, por ironia, também matou o parceiro- relatou a cronista. Seu pai,o procurador Carlos Eduardo Gallo matou a facadas a professora Margot Proença. Maitê tinha 12 anos. Por mais espantoso, ela testemunhou a favor do pai na Justiça que acabou absolvido, alegando legítima defesa da honra. O pai havia flagrado a mãe de Maitê com seu professor de francês, na sua própria casa, com seu próprio pijama. O crime ocorreu em Campinas-SP. Treze anos depois, se mataria com dois tiros no peito. Maitê estava na Globo gravando uma novela que protagonizava junto com Lima Duarte- ela fazia o papel da professorinha de Sassá Mutema- quando recebeu a notícia da morte do pai. Seu irmão mais velho, por desgosto morreu, anos depois- em seus braços- vítima de alcoolismo. Após o crime Maitê foi morar num pensionato luterano com seu irmão mais novo. Sobre a tia nada se sabe.

Comovente o relato da cronista ao descrever (e muito bem) a compreensão da atitude criminosa do pai: o assassino passional não sabe por que matou, e é um erro dos tribunais desejarem arrancar os motivos dos réus. Eles não têm. Destroem o núcleo de suas vidas, o grande amor e a razão de tudo, e depois choram em cima dos cadáveres por pena de si e pela falta do objeto amado. Tanto assim que via de regra, esse homicida não foge do lugar do seu crime mas fica ali, não tendo mais a perder, para ser preso em flagrante, retrata Maitê. Quando o motivo é traição, não há pessoa sobre a terra que consiga viver com uma só idéia a lhe atazanar dia e noite, na rua, no trabalho, por toda a parte, toda hora, até que a tormenta chega a um ponto de ruptura, que, dali um mínimo detalhe leva a matar. O sentimento tranqüilo e pacífico, que para tantos é a forma ideal, para eles nada significa- o amor tem faces múltiplas, e há aspectos que vêm com a violência embutida. O homicida ocasional não é um homem ruim, mas alguém que viveu um tumulto interior gigantesco e por ali desviou de si. Não voltará a matar e representa muito pouco perigo à sociedade. Em seu mundo subjetivo ele tinha razões para fazer o que fez. Você, com sua ética, não consegue perdoá-lo, mas o homicida não vive sequer a questão do perdão, finaliza Maitê.

Anos depois na França, bate à porta da casa do professor de francês para ver a cara daquele que levou a desgraça que resultou nas mortes de sua mãe, do seu pai e do seu irmão. O professor não quis recebê-la, mentiu dizendo que estava doente. Maitê queria ver aquele homem que tinha o poder imenso de virar a vida dos outros do avesso! Contudo entendeu sua covardia; que dificilmente um homem apaixonado não sucumbiria diante de uma mulher de uma beleza estonteante como a de sua mãe.

É de se admirar a coragem com que expõe a sua vida e a de sua família! Somente uma mulher genial exteriorizaria seu mundo particular com notável inteligência, de tal ordem que sua vida daria um grande romance, um drama aos moldes de Shakespeare.

Maitê é uma consagração, um presente da natureza. Não bastou ser bela- apesar de que o mundo ter-lhe dado todo o azedume da vida- mas uma mulher extraordinária. Imagine uma mulher com uma história tão turbulenta e ainda consegue ser dona de si; que não cai na conversa de que a beleza é tudo e de quebra tem o conhecimento de quem viajou por mais de 60 países. Passou um tempo na França outro na Índia. Rodou o os países árabes, o extremo Oriente, a selva Amazônica. Conheceu todos tipos de pessoas. De ascetas indianos a príncipes árabes. Da mulher muçulmana com a sua subserviência à mulher européia com seus narizes empinados. Daí suas crônicas e histórias terem a beleza da narrativa sobre relacionamento humano. Vale à pena ler a crônica o Clarão, editada na revista Época n° 397 ou entrar no blog da atriz através do Google: Maite Proença o Clarão. Um auto-retrato que demonstra a beleza de alma, ainda mais admirável- muito mais!- que seu esplendor na TV. Eis uma mulher! diria Bonaparte (Napoleão quando conheceu Goethe- por este ser um dos homens mais geniais da Europa, conclamou: eis um homem!). Ah, Maitê... Ah, Maitê...

Tadeu Nascimento é servidor público e advogado

Email: tadeunascimento10@hotmail.com

Mania de Explicação - Adriana Falcão

Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.
Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha:
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.

O HOMEM TAMBÉM SE APAIXONA

por Tadeu Nascimento



Homem também se apaixona. Só que não sai esparramando por aí. Para ele é ridículo falar de amor. Raríssimas são as vezes nas quais se ouve de um homem que está apaixonado ou amando de verdade. No fundo está babando de felicidade, mas fica na dele, na moita. É lei não falar de amor. A sós - com a amada - é meu amor em qualquer idioma. É I love you pra cá, jet’aime pra lá, se brincar, ama-se até em grego. Aliás, na terra de Sócrates, por causa da paixão de Páris por Helena de Tróia, aconteceu o maior quiproquó da história: mataram Brad Pitt na tela do cinema e mais de 100 mil gregos e troianos.

O apaixonado tem atitudes anormais. Primeiro some dos amigos. Tira férias dos botecos, evapora-se. Sabe-se agora que se exila em restaurantes ou no máximo em barzinhos à média luz, com ela, claro. A mesa é aquela, lá no cantinho. Bebe somente com a amada (nunca se bebe tanto vinho na vida!). Passa a frequentar shoppings - coisa abominável quando se está avulso. É um tal de trocar a camisa que ela deu, as sandálias - presente dele - cujo pé esquerdo ficou apertando o mindinho - requerem um número maior. Os casais apaixonados vivem de beijos e de planos. Planos urgentes. De se enroscarem. Os casais apaixonados sentem falta de ar deles mesmos. Eles querem tudo um do outro. Fora os montes de sorvete. Os casais apaixonados são os maiores consumidores de sorvete do planeta - faça sol ou faça frio. Os casais apaixonados se evoluem, tornam-se amantes (os amantes são os apaixonados com diploma de doutorado) e querem fazer tudo juntos. Trata-se de uma sociedade muito limitada, pois bebem no mesmo copo até veneno. Vide Romeu, vide Julieta.

Os amantes são ilógicos, compreendem os crimes passionais, o suicídio, e as demais tragédias da raça humana. Os amantes aplaudem o ridículo do amor dos outros amantes. Os amantes chegam atrasados ao trabalho. Os amantes sempre estão exaustos. Os amantes não sabem se vão se encontrar no dia seguinte. Os amantes são imprevisíveis e irresponsáveis. Os amantes riem muito e choram muito. Os amantes atrapalham o trânsito e incomodam os outros no cinema. Os amantes comem pouco e bebem muito. Os amantes sussurram em pleno deserto. Os amantes sentem calor no rigoroso inverno e sentem calafrios no verão. Os amantes ruborizam as velhinhas e provocam os invejosos. Os amantes brigam e selam a paz num átimo de segundo. Os amantes não se perdoam, porque não têm o que perdoar, posto que no mundo deles não existe o verbo perdoar.

O ser apaixonado é ávido de afeto e incapaz de renúncia. O apaixonado não pensa em estabilidade, se equilibra despercebido na corda bamba. Enquanto apaixonado, não sabe viver sem emoções fortes. Perde peso e ganha olheiras rapidamente. O mundo em que vive é intergalático. Ele não precisa de drogas (químicas) para viajar, a paixão é um vício, uma droga cuja química nenhum cientista explica. A paixão é uma viagem para as galáxias. Para ele não existe vida fora do planeta paixão. Mas dentro dele tudo é colorido, forte, quente e capaz de explodir a qualquer momento.

Quando o homem ousa falar de paixão, de amor, quase sempre fala de um tempo passado, bem distante, nunca no tempo presente: tive uma paixão imensa por fulana; houve um tempo que eu arrastava um bonde... Quando fala da paixão de um amigo conjuga-se em tempo real: ele está enrabichado com aquelazinha; juntou seus trapos com a outra etc. Parece até um libelo de acusação. O amor mete medo aos homens. Medo de se entregar por inteiro, de não encontrar a saída (da relação) se não der certo. Medo de se sucumbir diante da mulher. Medo de se arriscar, de ser feliz. Como nós homens somos tolos e orgulhosos!

Nem que você saia machucado (mais uma vez), com alguns pontos de sutura no coração, na alma, vale a pena se apaixonar. O que viemos fazer nesta vida? Descontar cheques? Pegar fila no supermercado? Ficar diante da TV assistindo o Big Brother? Que vida mais estranha! Faz mais sentido ficarem os dois na cozinha - com duas taças de vinho - fazendo uma farofinha, assando uma galinha pra depois do amor.

Viver uma história de paixão é redescobrir as coisas mais belas da vida. Por isso, os poetas quando têm a sua paixão interrompida, compõem as mais tristes e belas músicas possíveis.
Se você não se lembra ou não sabe, fique sabendo: não existe nada melhor nesta vida do que fazer amor com quem se ama. E nem existirá.
Artigo do jornal Diário da Manhã. Leia original
Trasíbulo Ferraz
Biografia:
Trasíbulo Ferraz Moreira, nasceu em 28 de janeiro do 1870, em Lençóis, na Chapada Diamantina, era filho do tenente Espiridião Ferraz Moreira e de d. Maria Amélia F. Moreira; ainda criança com a família deslocou-se para a cidade de Cachoeira. Frequentou as faculdades de Direito do Recife e da Bahia, até o quarto ano, não concluindo o curso por moléstia pulmonar, de que faleceu em plena florescência de seu talento. Redator-chefe da Gazeta de Notícias, militou na imprensa diária de Salvador, lado a lado com a literatura, publicando poesia, contos e crônicas. Com a sua morte, seus amigos tiveram a iniciativa de reunir alguns de seus versos numa coletânea sob o título de Poesias, com o prefácio de Evangelista Pereira, em edição de uma gráfica da cidade de Amargosa, no interior do Estado, em 1900. De sua autoria é, ainda, o volume de contos Poliformes (1896).
Naquela época era comum encerrar as festas com alguém declamando uma poesia acompanhado pelo piano. A poesia A ORGULHOSA, tem a sua história; por sinal em duas versões:

A primeira, de ter sido improvisado no baile de formatura de outro poeta - Péthion de Vilar. Reza a crônica oral que a recepção oferecida pelos pais de Péthion, diplomado em Medicina, naquele ano de 1895, já estava pela metade da noite quando, instado pelo próprio Péthion, seu velho amigo e jornalismo, banco acadêmico e vida literária, Trasíbulo, que chegara quando a festa já ia ao meio e, como sempre, descabelado com traje surrado e calçado com cadarço desamarrado, havia se recolhido à sacada de uma das janelas do palacete que dominava o largo de São Pedro, ensimesmado e abatido com a taboca (recusa) que sofrera por parte de uma das irmãs de Péthion, quando ele se dirigira e a convidara para uma contradança. A jovem, que alegara para efeito de recusa o fato de se achar indisposta, momento depois, aceitava o convite de um dos seus primos.
Não só Péthion, mas, praticamente todos os convidados, exigiram que Trasíbulo declamasse. Não o fez, no entanto, acatando as sugestões feitas de algumas suas conhecidas e inúmeras poesias. Dispôs-se a fazer um improviso do que valeu seu amigo Péthion para, previamente, munir-se de papel e tinta a fim de registrar os versos que tornariam famosos.

Ao final , a jovem que o acompanhara ao piano, debruçou-se desfalecida sobre o teclado, sendo logo socorrida. A jovem, não era outra senão a que lhe negara a contradança.
A segunda versão situa o poeta Trasíbulo Ferraz em período de férias, em casa de parentes em Lençóis. Focaliza o caso do baile como tendo sido em um dos salões elegantes daquela cidade, ocorrendo a recusa da contradança por parte de uma das filhas de Domingos de Almeida, figura de expressão local. A cópia dos versos teria sido objeto de iniciativa de um de seus amigos de faculdade e companheiro de banca de jornal, Américo Pinto Barreto Filho.
A primeira versão é a mais convincente do ponto de vista de que o poeta só procurou o convívio familiar quando de sua doença, pois preferia a vida em Salvador, mesmo quando em férias da faculdade, de vez que, além do jornal, havia a vida boêmia para absorvê-lo.

Não se conhece nenhuma foto do poeta..

Remetido por Eudes Sant'Anna

A orgulhosa


A Orgulhosa

Num Baile

Ainda há pouco pedi-te,
Pedi-te para valsar...
Disseste - és pobre, és plebeu;
Não me quiseste aceitar!
No entretanto ignoras
Que aquele a quem tanto adoras,
Que te conquista e seduz,
Embora seja da "nata",
É plena figura chata,
É fósforo que não dá luz!

Deixa-te disso, criança,
Deixa de orgulho, sossega,
Olha que o mundo é um oceano
Por onde o acaso navega.
Hoje, ostentas nas salas
As tuas pomposas galas,
Os teus brasões de rainha;
Amanhã, talvez, quem sabe?
Esse teu orgulho se acabe,
Seja-te a sorte mesquinha.

Deixa-te disso, olha bem!
A sorte dá, nega e tira;
Sangue azul, avós fidalgos,
Já neste século é mentira.
Todos nós somos iguais;
Os grandes, os imortais;
Foram plebeus como eu sou.
Ouve mais esta lição:
Grande foi Napoleão,
Grande foi Victor Hugo.

Que serve nobre família,
Linhagem pura de avós?
Se o sangue dos reis é o mesmo,
O mesmo que corre em nós!
O que é belo e sempre novo
É ver-se um filho do povo
Saber lutar e subir,
De braços dados com a glória,
Pra o Pantheon da História,
Pra conquista do porvir.

De nada vale o que tens
Que não me podes comprar;
Ainda que possuísses
Todas as pérolas do mar!
És fidalga? - Sou poeta!
Tens dinheiro? - Eu a completa
Riqueza no coração;
Não troco uma estrofe minha
Por um colar de rainha
Nem por troféus de latão.

Agora sim, já é tempo
De te dizer quem sou eu,
Um moço de vinte anos
Que se orgulha em ser plebeu,
Um lutador que não cansa,
Que ainda tem esperança
De ser mais do que hoje é,
Lutando pelo direito,
Pra esmagar o preconceito
Da fidalguia sem fé!

Por isso quando me falas,
Com esse desdém e altivez,
Rio-me tanto de ti,
Chego a chorar muita vez.
Chorar sim, porque calculo,
Nada pode haver mais nulo,
Mais degradante e sem sal
Do que uma mulher presumida,
Tola, vaidosa, atrevida.
Soberba, inculta e banal.

sábado, 9 de maio de 2009

Habeas Pinho

Ronaldo Cunha Lima

Habeas Pinho

Na Paraíba, alguns elementos que faziam uma serena foram presos. Embora liberados no dia seguinte, o violão foi detido. Tomando conhecimento do acontecido. o famoso poeta e atual senador Ronaldo Cunha Lima enviou uma petição ao Juiz da Comarca, em versos, solicitando a liberação do instrumento musical.


Senhor Juiz.
Roberto Pessoa de Sousa

O instrumento do "crime"que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revolver ou pistola,
Simplesmente, Doutor, é um violão.

Um violão, doutor, que em verdade
Não feriu nem matou um cidadão
Feriu, sim, mas a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.

O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade
O crime a ele nunca se mistura
Entre ambos inexiste afinidade.

O violão é próprio dos cantores
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam mágoas que povoam a vida
E sufocam as suas próprias dores.

O violão é música e é canção
É sentimento, é vida, é alegria
É pureza e é néctar que extasia
É adorno espiritual do coração.

Seu viver, como o nosso, é transitório.
Mas seu destino, não, se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.

Ele, Doutor, que suave lenitivo
Para a alma da noite em solidão,
Não se adapta, jamais, em um arquivo
Sem gemer sua prima e seu bordão

Mande entregá-lo, pelo amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno acoite
De suas cordas finas e sonoras.

Liberte o violão, Doutor Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito.
É crime, porventura, o infeliz
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?

Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado
Derramando nas praças suas dores?

Mande, pois, libertá-lo da agonia
(a consciência assim nos insinua)
Não sufoque o cantar que vem da rua,
Que vem da noite para saudar o dia.

É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento
Juntada desta aos autos nós pedimos
E pedimos, enfim, deferimento.

O juiz Roberto Pessoa de Sousa, por sua vez, despachou utilizando a mesma linguagem do poeta Ronaldo Cunha LIma: o verso popular.

Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.

Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.

Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.

Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar á porta do Juiz.
RIO VERDE E A SAUDADE DE IRON NASCIMENTO


Por Tadeu Nascimento


No próximo 24 de Junho, completar-se-á 10 anos da morte de Iron Nascimento. Ex-deputado estadual e ex-prefeito Iron é uma das personalidades inesquecíveis de Rio Verde. Iron era humanista, honrado, generoso, homem de diálogo, uma das pessoas mais queridas que conheci. Não por ser filho de um de deputado estadual pelo PSD, Rafael Nascimento e por ser irmão de Iturival Nascimento, deputado federal, mas porque era um homem bom. E não há exagero nenhum nisso. Pois era o seu natural. Por mais que pareça demagogia Iron era uma das pessoas mais simples e populares da sua geração. Não houve um dia que à sua mesa não estivesse um amigo, um simples do povo que não dividisse o almoço, ou jantar feito por sua esposa Marilene (eis uma grande mulher, justiça seja feita!). Aqueles que conviveram com Iron Nascimento sabem disso.

A história há de julgar quem é quem na história de Rio Verde. Estas minhas palavras são apenas o eco das pessoas lúcidas e de bem que viveram nas décadas de 70, 80, 90 e que ainda vivem em Rio Verde. A verdade é simples e incontestável. Os chefes de família, embora na maioria deles seja simplória, têm o seu juízo de valor, sabem da verdade e a repassam para seus filhos e netos. Os dados há muito foram lançados, não há como remediar. Iron, que embora traído- o povo bem o sabe- nunca traiu um companheiro! A história é apenas o retrato da verdade. E a verdade estará- no transcorrer do tempo - cada vez mais límpida e denunciante.

Haveremos de nos lembrar de quando o carro do Corpo de Bombeiros saiu da porta da Câmara Municipal levando o corpo daquele que- a meu ver- mais se identificou com povo rioverdense, uma multidão imensa aplaudia o ex-prefeito que saía para sempre do convívio físico para se instalar para sempre na lembrança deste mesmo povo e na história de Rio Verde. Iron faleceu com apenas 60 anos.

Um breve histórico familiar. Algumas observações entendo serem importantes para se saber a importância de Rafael, Iturival e Iron para Rio Verde e região. Rafael foi o fundador do Cine Rio Verde em 1944. Uma casa que trouxe alegria e diversão para o povo. Em 29 de maio de 1964 uma labareda imensa consumiu por inteiro o cinema da Tília, como muitos nominavam o Cine Rio Verde. A sociedade rioverdense num grande gesto de solidariedade, durante toda noite lutou contra o fogo. Baldes e galões com água passavam de mão em mão para apagar o incêndio. Em vão. Tudo virou cinzas. Presenciei, ainda menino, estupefato, o espetáculo dantesco. Sofri como todos da família Nascimento. Vi a solidariedade do povo da minha terra. Naquele tempo não se possuía extintores de incêndio, tampouco os proprietários dos prédios faziam seguros contra incêndios. Depois da tragédia os irmãos Iturival e Iron se comprometeram erguer um novo cinema ainda no ano de 1964. Passado apenas 7 meses, isto se concretizou. Em 31 de dezembro daquele mesmo ano as se cortinas abriram para que se projetasse na tela do novo Cine Rio Verde o filme Os Dez Mandamentos.

Iturival Nascimento, falecido 6 meses depois da morte de Iron (a verdade é que não suportou a perda do irmão!) foi por 2 vezes deputado estadual e por 4 vezes deputado federal (além de ter cumprindo dois mandatos de vereador) antes de tornar-se conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, por quase 7 anos. Iturival (quando deputado federal) é o autor do projeto de lei da criação da Estrada de Ferro (projeto de lei n° 1715 de 1976) que passaria pelo Sudoeste Goiano até o entroncamento que levaria a produção de toda região ao porto de Santos. Atenção, caros leitores: o projeto de lei é de 1976, 33 anos atrás e é basicamente o mesmo projeto que- finalmente para o ano 2010, ainda no governo Lula- tornar-se-á realidade. Lamentável que quase ninguém se lembra do pioneirismo do deputado Iturival, pai do projeto que iria um dia trazer os trilhos do progresso para região de Rio Verde. Contudo este projeto encontrou grande obstáculo no governo da ditadura militar e da ARENA/PDS. Este dado se encontra facilmente no site da Câmara dos Deputados- DF.

Fica registrado para as futuras gerações as obras executadas na gestão do prefeito Iron Nascimento (1977 a 1983): a Prefeitura Municipal de Rio Verde, Câmara Municipal, a Estação Rodoviária, a continuação da Av. Presidente Vargas e a estátua do Cristo Redentor, A Vila Promissão (a Prefeitura doou todos lotes- para população carente- e ainda ajudou na construção das casas sem financiamentos). A compra de área de 40 alqueires para construção da FESURV (Fundação de Ensino Superior de Rio Verde), além da implantação de vários cursos superiores. Antes do fim do seu mandato as praças foram todas revitalizadas e cidade toda asfaltada. Isto em apenas um mandato e ainda (pasmem!) em plena Ditadura (outros prefeitos de Rio Verde com mais de um mandato e com o governo estadual a favor deixaram o povo, a desviar dos buracos por toda a cidade). Poucos recursos eram destinados a Rio Verde porque Iron ministrava a cidade pelo MDB/PMDB e ainda o seu irmão fazia oposição à Ditadura. O presidente era João Figueiredo e o governador do Estado Ari Valadão, ambos da Arena/PDS. Sua aprovação popular fez com que Iron elegesse o seu sucessor o então vice-prefeito Osório Santa Cruz (não havia ainda reeleição). No último dia de seu governo, quando da despedida e dos seus agradecimentos, em meio às lágrimas, Iron foi aplaudido por uma multidão que em seguida o acompanhou até sua residência ao som dos dobrados da banda de música da cidade. Contudo, passado quase 10 anos não há um busto, uma avenida, um bairro, uma homenagem a altura de Iron Nascimento. A mediocridade e a inveja proíbem. Mas isto não importa. O que importa é que poucos como Iron deixam saudades. Rioverdenses, aplausos para a história de Iron.
Dona Colombina
Historiador Filadelfo Borges de Lima
borgeslima@ibest.com.br
Como é do conhecimento de todos os rio-verdenses que conhecem um pouco da história do nosso município, o major da Guarda Nacional, Frederico Gonzaga Jaime, duas vezes intendente desta cidade e duas vezes deputado estadual, nascido em Pirenópolis em 1873 e falecido na nossa cidade em 1935, deixou larga descendência oriunda do seu matrimônio com dona Muzarta e com outras mulheres.No meu livro "Lauro Martins" falo no Major Frederico, que dá nome à praça apelidada, equivocadamente, de Praça dos Coqueiros. Digo que esse apelido é equivocado porque lá não existem coqueiros, mas palmeiras-imperiais, plantadas, carinhosamente, pelo saudoso Altino Paraguai, no tempo da fértil administração do Paulo Campos (31.1.61 a 31.1.66), da qual foi auxiliar. Altino, um dos grandes benfeitores do futebol desta cidade e falecido há mais de cinco anos, contou-me que sentia-se indignado com a alcunha que deram a esse logradouro exatamente porque o público confunde coqueiro com palmeira-imperial.Frederico era neto do padre Luís Gonzaga de Camargo Fleuri, que presidiu a Província na quarta década do século XIX. Esse padre é um dos grandes vultos da história goiana. O sobrenome Jaime ou Jayme na família começa em um dos seus filhos, o João Gonzaga Jayme de Sá, que era o genitor do Frederico. Este, por sua vez, com Muzarta gerou a Dalila, o Garibalde e outros. Dalila, com Jerônimo Martins, gerou o Lauro Martins e seus irmãos, e Garibalde, mais conhecido por Fiúco Jayme, que gerou, com Garibaldina (dona Fiúca), o Gonzaga Jayme e seus irmãos. Gonzaga foi o vereador mais votado de Rio Verde em 1958, enquanto que seu primo Lauro Martins o fora em 1954. Lauro veio a ser prefeito. Iron, também Jayme, idem. O ex-presidente da Câmara Municipal, Aloísio Rodrigues (Lauro Martins também foi presidente desse Colegiado) é bisneto do Frederico, mas do relacionamento deste com Deoclides de Gusmão, pois é neto da senhora Colombina, fruto desse romance.Na história da família Jayme (ou Jaime) há incontáveis homens públicos. Inclusive o senador Gonzaga, um dos principais líderes goianos na República Velha, assassinado no Rio de Janeiro, quando exercia a senatória, no início de 1921, por Eustachio do Carmo, marido de Glória de Carvalho Castro, que flagrou o casal em adultério. Outro político de destaque foi Olímpio Jayme, presidente da Assembléia Legislativa de Goiás em 1966, e seu sobrinho paterno Frederico Jayme Filho, presidente dessa Casa, parece-me que na década de 1980. Enfim, no Estado e em Rio Verde é extensa a lista de políticos da linhagem do padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury.A senhora Colombina Jaime, nascida em Rio Verde no dia 19 de março de 1919, foi o último dos filhos do Major Frederico a falecer (salvo se houver algum de paternidade ignorada). Ela voou para o Céu no 119º aniversário da Proclamação da República, ou seja, 15.11. 2008. O dia em que o automóvel chegou ao Sudoeste pela primeira vez (19.8.1918), Colombina completou 9 anos e 5 meses.Ela dizia que sua amiga mais próxima, do tempo de infância, era a Dadá. Não sei quem foi Dadá. Quem mo disse foi Célio Jaime, seu único filho varão e meu colega de hidroginástica. Ele o fez por meio de um resumo escrito que passou aos meus cuidados na manhã de 24 de novembro último, na academia onde desenvolvemos esses exercícios.Dona Colombina era viúva de Guilherme de Lima, o popular Nenê Guilherme, mineiro de Belo Horizonte e falecido há anos. Célio é gêmeo com Célia. Maria Tereza, Anésia e Carmem de Lourdes (Nenzinha) são as suas outras irmãs.Na juventude, Colombina ia ao cinema do seu padrinho Urcesino Gusmão. Era fã do Roberto Carlos. Deixou, além de filhos, dezesseis netos, dezoito bisnetos e sete trinetos. Todos se ufanam de serem seus descendentes.Não conheceu a riqueza material. Tanto que, durante quinze anos, foi passadeira de roupa no Hospital Santa Terezinha. A herança que ela deixou não provoca inimizade entre herdeiros, porque não é formada de rebanhos, dinheiro e terra, mas de virtude, e virtude é um patrimônio que ladrão não carrega, rato não rói, praga não devora.
DANUZA LEÃO

Meninas de todo Brasil

Meninas de todo o Brasil, tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute!
Na próxima vez que encontrá-lo, tente (disfarçadamente) descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo ‘tanquinho’, fuja!Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Senão, não presta.Veja bem, não estou falando daqueles gordos suados, que sentam horas na frente da televisão com um balde de frango frito e que, quando se abaixam, mostram um cofre peludo. Não!Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável.Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão.Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os ‘tanquinhos’ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem.Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber?Cerveja! Ou Coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco ou coca-light. Ou, pior ainda, um copo com gelo pra beber a mistura patética de vodka com ‘clight’ que trouxe de casa.. E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação.E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.Você nunca irá ouvir um ‘ah, amor, ‘Quarteirão’ é gostoso, mas você podia provar uma ‘McSalad’ com água de coco’. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar.Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará seu relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo!Encontrou a sorte grande, amiga… Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis!Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a serem bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.Bem eu sabia que a minha barriguinha sexy um dia ia me servir para algo hein. Realmente sou adepto daquela frase famosa: NO PAIN, NO GAIN. Agora me dêem licensa porque vou tomar um chopinho para comemorar rsrsrsrs. Explodiuuuuuuuuuuuuuuuuu !!!!
VOCÊ AINDA SE LEMBRA O QUE É SE APAIXONAR?

por Tadeu Nascimento

Homem também se apaixona. Só que não sai esparramando por aí. Para ele é ridículo falar de amor. Raríssimas são as vezes nas quais se ouve de um homem que está apaixonado ou amando de verdade. No fundo está babando de felicidade, mas fica na dele, na moita. É lei não falar de amor. A sós- com a amada- é meu amor em qualquer idioma. É I love you pra cá, jet’aime pra lá, se brincar, ama-se até em grego. Aliás, na terra de Sócrates, por causa da paixão de Páris por Helena de Tróia, aconteceu o maior quiprocó da história: mataram Brad Pitt na tela do cinema e mais de 100 mil gregos e troianos.
O apaixonado tem atitudes anormais. Primeiro some dos amigos. Tira férias dos botecos, evapora-se. Sabe-se agora que se exila em restaurantes ou no máximo em barzinhos à média luz, com ela, claro. A mesa é aquela, lá no cantinho. Bebe somente com a amada (nunca se bebe tanto vinho na vida!). Passa a freqüentar shoppings- coisa abominável quando se está avulso. É um tal de trocar a camisa que ela deu, as sandálias- presente dele- cujo pé esquerdo ficou apertando o mindinho- requerem um número maior. Os casais apaixonados vivem de beijos e de planos. Planos urgentes. De se enroscarem. Os casais apaixonados sentem falta de ar deles mesmos. Eles querem tudo um do outro. Fora os montes de sorvete. Os casais apaixonados são os maiores consumidores de sorvete do planeta- faça sol ou faça frio. Os casais apaixonados se evoluem, tornam-se amantes (os amantes são os apaixonados com diploma de doutorado) e querem fazer tudo juntos. Trata-se de uma sociedade muito limitada pois bebem no mesmo copo até veneno. Vide Romeu, vide Julieta.
Os amantes são ilógicos, compreendem os crimes passionais, o suicídio, e as demais tragédias da raça humana. Os amantes aplaudem o ridículo do amor dos outros amantes. Os amantes chegam atrasados ao trabalho. Os amantes sempre estão exaustos. Os amantes não sabem se vão se encontrar no dia seguinte. Os amantes são imprevisíveis e irresponsáveis. Os amantes riem muito e choram muito. Os amantes atrapalham o trânsito e incomodam os outros no cinema. Os amantes comem pouco e bebem muito. Os amantes sussurram em pleno deserto. Os amantes sentem calor no rigoroso inverno e sentem calafrios no verão. Os amantes ruborizam as velhinhas e provocam os invejosos. Os amantes brigam e selam a paz num átimo de segundo. Os amantes não se perdoam, porque não tem o que perdoar, posto que no mundo deles, não existe o verbo perdoar.
O ser apaixonado é ávido de afeto e incapaz de renúncia. O apaixonado não pensa em estabilidade, se equilibra despercebido na corda bamba. Enquanto apaixonado, não sabe viver sem emoções fortes. Perde peso e ganha olheiras rapidamente. O mundo em que vive é intergalático. Ele não precisa de drogas (químicas) para viajar, a paixão é um vício, uma droga cuja química nenhum cientista explica. A paixão é uma viagem para as galáxias. Para ele não existe vida fora do planeta paixão. Mas dentro dele tudo é colorido, forte, quente e capaz de explodir a qualquer momento.
Quando o homem ousa falar de paixão, de amor, quase sempre fala de um tempo passado, bem distante, nunca no tempo presente: tive uma paixão imensa por fulana; houve um tempo que eu arrastava um bonde... Quando fala da paixão de um amigo conjuga-se em tempo real: ele está enrabichado com aquelazinha; juntou seus trapos com a outra etc. Parece até um libelo de acusação. O amor mete medo aos homens. Medo, de se entregar por inteiro, de não encontrar a saída (da relação) se não der certo. Medo de se sucumbir diante da mulher. Medo de se arriscar, de ser feliz. Como nós homens somos tolos e orgulhosos!
Nem que você saia machucado (mais uma vez), com alguns pontos de sutura no coração, na alma, vale apena se apaixonar. O que viemos fazer nesta vida? Descontar cheques? Pegar fila no supermercado? Ficar diante da TV assistindo o Big Brother? Que vida mais estranha! Faz mais sentido ficarem os dois na cozinha- com duas taças vinho- fazendo uma farofinha, assando uma galinha pra depois do amor.
Viver uma história de paixão é redescobrir as coisas mais belas da vida. Por isso, os poetas quando têm a sua paixão interrompida, compõem as mais tristes e belas músicas possíveis.
Se você não se lembra ou não sabe, fique sabendo: não existe nada melhor nesta vida do que fazer amor com quem se ama. E nem existirá.
FELICIDADE, SÓ DEPOIS DOS QUARENTA
Por Tadeu Nascimento

Desde que se viu não mais como um simples animal, o homem se pergunta o que lhe falta para viver um estado permanente de contentamento. As dores, as angústias são muitas e se intercalam com as poucas alegrias. O ideal seria o contrário. Em busca da solução para esta questão, foi realizado em Madri em setembro de 2005 o 1º Congresso Internacional da Felicidade formado por psicólogos, sociólogos, filósofos, escritores e até artistas de circo.
A conclusão a que chegaram é que o ser humano só encontra a felicidade depois dos 40 anos. Antes disto, não se tem tempo nem maturidade pra ser feliz. Felicidade é pra quem não tem o que fazer. E isto é ótimo. E não é hipocrisia. Não somos felizes quando jovens por muitas razões. Além das transformações físicas que são revoluções dentro de cada ser, existe a força do DNA que nos obriga a cumprir o tempo destinado a procriação que nada mais é que a preservação da espécie. Inicia-se o calvário: na infância é uma sequência de não. Não pode isso, não pode aquilo, não põe a mão aí, etc. Vem a adolescência e começa a tortura: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, fugir das drogas, não beber, cuidado para não se engravidar (ou engravidar a namorada). Não se esqueça de usar a camisinha! Chega o tempo da universidade e os problemas continuam. Vem os filhos e a coisa complica. É o dever de educá-los à semelhança com que fomos educados. Quando é que terei paz? Neste momento, a palavra felicidade ficou no vento da estrada, agora só o sossego interessa.
Em função disso, questiona-se: A felicidade existe? Existe, respondem os congressistas de Madrid, e mora na casa dos quarenta anos e nas casas das dezenas que ficam à direita. Ou seja, ela somente surgirá quando a pessoa tiver tempo para cuidar de si. É claro que neste estágio os cabelos brancos estão tomando conta, a barriga (dos homens) tornam-se salientes, as bundas murcham-se e a lei da gravidade começa puxar para baixo tudo que está em cima. Os seios dela não mais estão em pé (nada que um bisturi não dê jeito). E as pernas dele? Parecem um par de bambus! Por outro lado, surge outra lei, a da compensação. Tal qual um prêmio pela expiação vivida, a natureza começa a lhe sorrir. A tal compensação está em não mais trocar fraldas do nenê, em não tomar tabuada, não ficar sem dormir por conta da febre de 39 graus do filho caçula, não ir mais as reuniões de pais e professores - que são um porre - e tantos outros sacrifícios. Chegou a hora.
Depois dos 40, é você quem paga o que come e o que veste. Se vira no inglês, no francês, no italiano e não está nem aí, pelo sotaque um tanto ridículo. Não existe mais aquela neura dos 30 anos em ficar rico. Não tenta o suicídio quando quebrou pela enésima vez. Se não alcançou o que sonhou um dia, sabe que não foi culpa sua, mas das circunstâncias. Já se casou, se descasou, se estrepou, voltou a sorrir. Não pensa mais viver como hippie numa praia longínqua e sim dar voltas ao mundo, conhecer Paris, a Grécia, a Índia- se possível com o amor da sua vida. Nem se lembra que um dia fumou maconha, mas se imagina tomando um bom vinho logo mais à noite em ótima companhia. Comete-se outros erros, mas não erros idiotas como “dar pau em carros”, ou de contar vantagens sobre sua performance sexual. Coisas de homem imaturo (e burro). A discrição é a marca do quarentão e a elegância é o pão nosso de cada dia. E quando está diante do espelho reconhece aqueles olhos que lhe dizem que ainda têm muita vontade de viver e se orgulha muito do que vê. Quanto às mulheres, um rostinho bonito apenas não pesa meio grama na história de um romance. Nos quarenta, o homem é pragmático: Bonita e burra, sem chance.
O escritor Artur da Távola escreveu um belo poema sobre o assunto: “existem coisas que a vida nos ensina depois dos 40: ela nos ensina que amor não se implora, não se pede, não se espera (o amor se vive ou não); que perdoar e esquecer nos tornam mais jovens; que Deus inventou o choro para o homem não explodir; que não existe comida ruim e sim comida mal temperada; que ser autêntico é a melhor forma de agradar; que há poesia em toda criação divina e que Deus é o maior poeta de todos os tempos; que a música é a sobremesa da vida; que acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente; e que não há vida decente sem amor.”
Dizem ainda, os congressistas de Madrid, que aos 55 anos, tanto o homem quanto a mulher, (aqui eles se referem a pessoa de classe média) está no auge, mais receptivo para viver os melhores dias de suas vidas. A sabedoria é quem governa estes seres de 5 décadas. A ansiedade está sob controle. As incertezas dão lugar às coisas exatas. Momentos difíceis existem, mas estamos falando de um tempo onde as satisfações superam os dissabores. É nesta idade que realmente ele (ou ela) acredita que vai viver a próxima história de amor como se fosse a última, o que é o máximo. E por fim, concretizada a relação, se sente que está vivendo, não momentos felizes, mas dias contínuos de felicidade.
Depois dos 40 - asseguram os congressistas - estamos mais aptos a dizer que a infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes e que se Balzac vivesse nos dias de hoje diria que a vida começa depois dos 40.
Tadeu Nascimento é servidor público e advogado
MULHERES MADURAS, MULHERES GLAMOUROSAS
Por Tadeu Nascimento

Foi-se o tempo em que elas chegavam no apogeu aos 30 anos, como dizia Honorè de Balzac. Nos dias de hoje, vê-se facilmente mulheres com 40, 50, 60, fazerem com que homens elegantes, de todas as idades, virem os pescoços, quando elas passam. Interessa-me escrever sobre elas, simplesmente pelo fato de elas não perderem o viço, a alegria de viver e que inconscientes, transmitem aos homens a certeza que a vida pulsa e que urge sermos felizes, pois o único mandamento divino é o amor. De fato, o tempo não pára e quem estacionou morreu e não sabe. É a beleza da vida. A vida é um sopro, por isso não interessa a idade cronológica dessas mulheres. Interessam, sim, os seus encantos. E o importante é que maduraram. Seus reservatórios de amor estão ávidos a derramar e a receber e a derramar, num ciclo vicioso. Tais qualidades, só pertencem a quem se deu pra vida. Pra quem, apesar dos revezes vividos, amam a vida. Mesmo carregando uma coleção de perdas. E, quase sempre, pelo fato de terem doado a própria existência em prol de filhos, de maridos, de ex-maridos, de amores outros. No geral, estas virtudes andam, por estas razões, de braços dados com quem madurou. Mulheres maduras não são as que carregam rugas da idade, mas sim, aquelas que, apesar do tempo, não possuem rugas na alma. Madurar é encantar.
Há alguns anos, o destino resolveu presentear o jornalista e compositor musical Nelson Motta com um romance com a belíssima Constanza Pascolatto, vários anos mais velha do que ele. Ela, com mechas prateadas, corte de cabelos de extremo bom gosto e com a singela mania de se vestir de preto, apesar de mutilada dos dois seios, por força de um câncer impiedoso. Pascolatto está mais viçosa e encantadora que Nelsinho. Mas os deuses do amor decretaram o fim desta história: a dignidade de não fazer sofrer ainda mais o parceiro, visto que a doença, com o tempo, só poderia se agravar. Pena.
A dublê de escritora, a bela atriz Maitê Proença, 50 anos, ainda mostra, nos seus novos filmes, sua silueta nua nas telas de cinema e deve repetir mais um contrato, o com a revista “Playboy”. Maitê, poderia ter-se rendido aos malogros da vida. Qualquer um teria pirado, ou se tornado caco, diante de tanta dor: seu pai, o procurador Carlos Eduardo Gallo, matou a facadas sua mãe, a professora de filosofia Margot Proença. Maitê tinha 12 anos. Por mais espantoso, ela testemunhou a favor do pai na Justiça. Acabou absolvido, alegando legítima defesa da honra. O pai flagrou a mãe com seu professor de francês, na sua própria casa, com seu próprio pijama. Treze anos depois, se mataria com um tiro no peito. Seu irmão mais velho, por desgosto, morreu vítima de alcoolismo.
Na semana que se passou, li, neste diário, a notícia do romance da bela ministra do STF, Ellen Gracie- de quem discordo, às vezes, das suas decisões- com o jornalista Roberto D’Ávila do programa Conexão D’Ávila, da antiga Rede Manchete e depois da Band. D’Ávila é ex-deputado constituinte, homem elegante, um gentleman. É o Chico Buarque do jornalismo. A ministra com seus 62 anos transpira beleza e sensualidade e principalmente classe. É a deusa da Justiça encarnada. Uma lady. Causou-me, pois, grata surpresa. A ministra, acredito, não poderia escolher melhor consorte. E o entrevistador deve estar esfuziante e causando invejas em qualquer homem de bom gosto. Felicidades.
Pois é, minha senhora, eu poderia escrever aqui uma lista enorme, só com nomes de mulheres iluminadas que o tempo não ofuscou. As estrelas brilham mais quando o céu está mais escuro. Portanto, não se deixar se abater com os sofrimentos da vida é o segredo. Ninguém gosta de derrotados. Ás vezes é necessário incorporar Fênix e renascer das cinzas. E é sabido que a vida só sorri para quem sorri pra ela. Questão de gratidão.
As mulheres glamourosas, é bom que se diga, cuidam-se. Enfrentam com firmeza os regimes espartanos, se sujeitam, quando preciso, a bisturis afiados e horas a fio nos salões de beleza. Tem bocas e unhas pintadas com suavidade. Nada vulgar. Tudo para alcançar a alegria de ser desejada e invejada. Com classe.
Quantas destas espécies cruzam com a gente, no Flamboyant, no aeroporto, nas agências bancarias, nos clubes, nos corredores do fórum, no Supermercado Pão de Açúcar, no Bar do Celso?
Se a senhora não concordar com minha tese, não fique ressentida comigo. Estas linhas são apenas uma crônica.

Tadeu Nascimento é servidor público e advogado


Por que Chico Buarque encanta as mulheres?

Por Tadeu Nascimento

Que Chico Buarque é um gênio, todo mundo sabe. Compositor, cantor, escritor e dramaturgo. Mas fica uma questão a se desvendar, e o mundo masculino quer saber: por que ele causa tanto “frisson” nas mulheres? Pelo menos nas de intelectualidade acima da média. É sobre isto que pretendo discutir. Este senhor de 64 anos, paulista por acidente, carioca por convicção, divorciado desde 1996, não chega a ser um Apolo, muito menos com as orelhas em abano. Mais bonitos do que ele existem – ou existiram –, também geniais, como Tom Jobim, Edu Lobo, Ivan Lins (todos na mesma faixa etária, tirante Tom, mais velho e que já se foi), fora os galãs da televisão, na outra ponta. No entanto, perdem longe. Tom era sem graça, Edu mais parece um boneco de cera, Ivan Lins é interessante, mas não se compara, e por aí vai – segundo as mulheres. Mas este encantamento vem de longe, desde que se mudou para Rio, quando ainda era menino. Certa vez, em um pequeno show de amadores no Colégio Sacré-Coeur de Marie, Chico cantou. Os brotinhos babaram. Mas ele saiu correndo, apavorado. Atualmente, sempre que ele inicia uma temporada, a imprensa entra no cio, antecipando a inquietação entre as mulheres. Chico causa furor nas solteiras, casadas, viúvas, divorciadas, religiosas, velhas e novas, deixando um rastro de apaixonadas por onde passa, e nos homens, uma pitada de inveja. Comprovei tudo isto, ano passado, no Teatro Rio Vermelho, Centro de Convenções de Goiânia. Não importa se o Chico foi um bebedor inveterado, quase um alcoólatra – hoje, bebe vinho e, às vezes, chope. Se, de quando em vez, fuma maconha, como já confessou. Se ele é íntimo de Fidel Castro e de Lula. Se um dia casou com Marieta Severo, mais velha do que ele. O que importa é que Chico encanta todos os corações, desde os mais trancafiados e duros, passando pelos os imundos e imorais e chegando aos corações mais belos de quem sabe ouvir uma boa música. Tom Jobim também encantava corações, mas junto com Chico, os olhos femininos, só buscavam (ou eram atraídos, por um poderoso imã?), os olhos verdes do autor de Mulheres de Atenas. Filosofando sobre o tema, cheguei a uma verdade. Certos homens possuem encantos próprios. Mas todos têm algo em comum: a delicadeza. Eduardo Suplicy, que, às vezes, parece esquecer os neurônios no criado-mudo, antes de ir para o Congresso, já deu uma de cantor no plenário do Senado, entoando uma música de Joan Baez, em inglês, cuja desafinação quase fez o animador Chacrinha sair da cova para premiá-lo com o troféu abacaxi. Em outra oportunidade, ferindo o decoro parlamentar, desabotoou a camisa, tal qual o Super-homem, da revista em quadrinhos, revelando que trazia colada ao corpo uma camisa com as cores da bandeira nacional, que, para muitos, beirava à insanidade tal patriotada. Por último, depois de findado seu casamento com Marta Suplicy, uma repórter lhe perguntou por que ele ainda usava aliança de casado se Marta se casaria com Luis Favre na próxima semana. Uma resposta triste e quase angelical, mas serena, saiu de sua boca: “Nunca pensei em tirá-la.” “O Senhor ainda a ama?”, insistiu a repórter. Sem pestanejar, respondeu: “Amo.” Eis, uma das razões de Suplicy ter sido reeleito. Suplicy é livre do ridículo. É livre das vaidades tolas. Livre para defender a verdade. E a verdade para ele é verbo. Por isto, é modesto. Hoje, Suplicy vive um romance com a bela jornalista Mônica Dallari, filha do jurista Dalmo de Abreu Dallari. O saudoso senador Darcy Ribeiro também era desta linhagem. A sua verdade e a sua simplicidade andavam de mãos dadas. E sua bandeira era o povo. “Mestiço é bom e não há um povo mais bonito que o brasileiro!” Discurso filosófico que revolvia os estômagos de muita gente, principalmente dos conservadores. Perto de sua morte, com dificuldades para falar e sem cabelos – por força da quimioterapia –, em entrevista ao Roda Viva, da Band, pediram-no que narrasse um diálogo seu com uma enfermeira num quarto de hospital, quando se encontrava ainda mais debilitado. Conta Darcy que a enfermeira queria aplicar-lhe uma injeção e ele se negou a obedecê-la. Ela insistiu. Então, disse ele, tal qual um menino emburrado: “A senhora quer é ver a minha bunda, por isso não deixo!” A enfermeira insistiu: “O senhor está muito fraco, o senhor tem que tomar injeção nas nádegas!” Respondeu o senador: “Só deixo se a senhora me mostrar a sua!” Não deu outra. A enfermeira concordou. Ao final da entrevista, o apresentador lhe apresentou a conta: mais de 150 telefonemas de mulheres de todo Brasil, pedindo para namorar Darcy Ribeiro. No seu último aniversário, quando completou 75, exatamente 50 ex-namoradas, inclusive Bertha, sua primeira mulher, foram lhe cumprimentar. Todas o beijaram. Na boca. Voltemos ao Chico. À sua discrição. À forma elegante como preserva sua vida privada, qualidade rara entre os famosos, cada vez mais falastrões, exibicionistas, prepotentes e tolos. Caetano Veloso poderia ser parceiro de Chico nesta empreitada femeeira. Mas o baiano é de uma vaidade ímpar. Adora polemizar e não foge de escândalos. Não há notícias de Chico neste campo inóspito. Corajoso, porém, modesto. Poucos teriam ousadia, se talento tivessem, para compor e gravar Geni e o Zepellin, estória de uma bicha, ou Folhetim, que expressa todas vontades de uma prostituta, interpretada na primeira pessoa. Só o Chico. Ele que se faz de prostituta, ele que não olha pra mulher nenhuma. Chico sensível. Chico sonso. Chico moita. Chico herói dos homens elegantes. O mestre na arte de encantar. A revista Contigo flagrou Chico Buarque beijando uma morena em pleno mar azul do Leblon. Março de 2005. O fotógrafo captou a aliança no dedo anular esquerdo da moça. Tratava-se da designer e fotógrafa Celina Sjostedt, mãe de dois adolescentes, de 12 e 15 anos, e casada com o músico Ricardo Duna Sjostedt. Chico apelou para a direção da revista. Queria sair de fininho. Nada de escândalo. Inútil. E o marido mandou um recado pela imprensa: “Pô Chico, tinha que ser comigo?! Você é bonito, famoso e pode ter a mulher que quiser, foi querer logo a minha!” Depois, mais calmo, declarou: “Acho que ela foi atraída pelo encantamento que Chico causa nas mulheres. Eu a perdôo!” Choveram gracejos e conselhos: “Parabéns, Ricardo, não é qualquer um que tem a honra de ter uma mulher que trai o marido com Chico Buarque!” Quem dera se o Chico se engraçasse com a minha mulher, a Emengarda, com seus 120 quilos!"- disse um amigo de boteco. Mas, antes de tudo, Chico é simples, modesto, livre de tudo que é nefasto. Fica, portanto, a lição para todos os homens, que a delicadeza, a elegância e a modéstia com que Chico se apresenta perante a vida são o caminho mais curto e belo para navegar no oceano feminino.

domingo, 3 de maio de 2009

Charge















DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?





por Tadeu Nascimento

Estava escrevendo para este espaço sobre a epidemia da imoralidade nunca vista neste país quando chegaram-me notícias do bate-boca dos ministros do STF Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes. Conclui que tal fato veio confirmar o caos a que chegamos. Mas já não era sem tempo tal embate. A megalomania do presidente a muito passou dos limites. A discussão deixou o rei nu e o Supremo com as calças na mão. Tanto que o diretório do partido dos Democratas em nota oficial, veio urgente prestar-lhe solidariedade. O que é mais um erro crasso dos antigos signatários do PFL. O presidente Gilmar disse que não há crise institucional no judiciário. Há sim, o Supremo está desmoralizado. Daqui a pouco outros ministros também irão se confrontar com o seu presidente. Ministros de outros tribunais, desembargadores, juízes, membros do Ministério Público e a Polícia Federal (estes dois últimos já são desafetos de longo tempo do ministro Gilmar) logo prestarão apoio a Joaquim Barbosa com o claro recado que se posicionam contra o presidente da Suprema Corte. O ambiente no colegiado ficará insuportável. No Congresso Nacional vários dos seus membros como Pedro Simon (PMDB), Eduardo Suplicy (PT) e as bancadas do PDT e do PSOL estão arrepiados com o presidente do Supremo. Jornalistas respeitados como Carlos Heitor Cony (veja no DM deste último domingo seu excelente artigo), Ricardo Noblat e Mino Carta não poupam Gilmar Mendes e também o STF. A pressão popular já começa salientar-se. No dia 24 último, estudantes da universidade de Brasília, em frente ao STF, com faixas- tipo “Gilmar, saia às ruas!” e “Gilmar ‘Dantas’, o povo não tem medo dos seus capangas!”- e megafones pregavam a cassação de Gilmar e a prisão de Daniel Dantas. Neste mesmo dia, em frente ao Teatro Folha em São Paulo, outra manifestação estudantil de mesmo calibre. O protesto se deu enquanto Gilmar Mendes concedia entrevista a vários jornalistas da Folha de São Paulo. O ministro saiu pela lateral do teatro. Na página do Google há centenas de manifestações contrárias ao presidente do STF. É bom lembrar que a queda de Fernando Collor se iniciou nestes moldes.

Escrevi para esta coluna em 06/10/08, logo depois das prisões de Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta, o poder corruptor do dono do Opportunyt e da megalomania de Gilmar Mendes a quem chamei de Zeus, o pai de Deus. No caso, Deus é o banqueiro Dantas que pode tudo. Disse naquele artigo que Gilmar Mendes esculhamba com o Judiciário. O ministro Joaquim Barbosa confirmou a minha tese ao declarar: “o senhor está destruindo a Justiça deste país!” A biografia do ministro Gilmar é um tanto perturbadora: Desde sua indicação para Advocacia Geral da União até ao STF causou indignação ao meio jurídico do país, com suas decisões absurdas como a supressão de algemas a acusados, visando claramente proteger os ricos e pela intenção de legislar editando súmulas. Bernard Madoff, o investidor americano foi algemado e está preso e deve ser condenado a150 anos nos EUA, por crimes financeiros –leia-se crise americana- estaria andando e assoviando se o crime fosse cometido no Brasil, pois estaria amparado pela Súmula do STF, cujo autor é Gilmar Mendes. Sua condição de empresário mancha sua história, algo incompatível para o cargo que exerce no judiciário que exige reputação ilibada: Dono do IDP- Instituto Brasiliense de Direito Público firmou contrato com a AGU sem licitação, ao arrepio da Lei n° 8666/93. O Ministério Público Federal questionou por duas vezes, mas Ellen Gracie, na última semana como presidente do STF, um dia depois de Mendes tornar-se seu sucessor, mandou arquivar os processos. Se não bastasse, em 05/10/07, num evento em Diamantino, Mato Grosso, cidade que seu irmão era então prefeito, foi assinado um protocolo de intenções para instalação do grupo Bertim (abatedouro, curtume e usina de biodiesel) onde o ministro era só sorrisos ao lado do ministro Reinold Stephanes e do governador Blairo Maggi. No palanque o governador ousou em dizer que Gilmar Mendes vale por todos senadores e deputados de Mato Grosso. É o ministro do STF participando de ato político, que por si só lhe cabe a cassação do cargo de ministro do Supremo. Segundo a revista Carta Capital de 19/11/2008, o ex-prefeito Francisco Mendes, irmão de Gilmar, tem 8 de prestações de contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. E segundo a mesma revista é um cidadão cercado por jagunços. Daí a afirmação peremptória do ministro Joaquim Barbosa que “o Senhor não está falando com seu capangas de Mato Grosso, ministro Gilmar!”. O art.52, II da Constituição Federal prevê a cassação os ministros do Supremo e dos membros do Conselho Nacional de Justiça.

Nunca tive notícias que o Brasil sofresse uma epidemia de imoralidade como nos últimos anos. Onde a justiça protege às escâncaras os ricos e condena com a mão mais pesada os pobres. É mais que sabido que em toda história da humanidade, os mais desprovidos sempre amargam as duras penas da lei, mas recentemente as mais altas cortes vêm se extrapolando ao aliviar os grandes corruptos e outros meliantes maiores. Nas décadas passadas poucos peixes graúdos como o Juiz Nestor Nascimento (talvez por ser negro) e o presidente do TRT de São Paulo, Nicolau Lalau dos Santos (por não saber esconder o fruto do roubo) foram condenados, todavia o desembargador cumpre pena em casa (sem bloqueador de celular, internet liberada e outros luxos) e ainda recebe o seu salário. Mas é possível saber a origem de todo este caos? Sim. Tudo está no DNA das privatizações. A venda das estatais, principalmente das Teles (com títulos da divida podre, como acusava Leonel Brizola) no famigerado governo FHC. Foi daí que surgiu Daniel Dantas, a indicação de Gilmar Mendes para defender o governo e os asseclas de Fernando Henrique, principalmente no que tange às privatizações. Mas voltando ao caos: é interessante saber de que lado o leitor se encontra. Do lado do ministro Joaquim Barbosa ou do lado do presidente Gilmar Mendes? Do delegado Prótogenes Queiroz ou do banqueiro Daniel Dantas? Do ex-presidente da ABIN Paulo Lacerda ou do deputado relator da CPI dos Grampos (que não conseguiu provar nada e não denunciou ninguém) Marcelo Itagiba que foi eleito com dinheiro de Dantas? Do ínclito juiz Fausto de Sanctis ou do juiz da ação contra Protógenes, Ali Masloum, acusado de crime de abuso de poder por ameaçar policiais rodoviários e suspenso das suas atividades juridicionais? (ganha uma viagem de só de ida, claro, para o Afeganistão quem disser qual ministro do STF devolveu a magistratura ao juiz Masloum. Óbvio, Gilmar Mendes, mais conhecido como Zeus, o pai de Deus). Se o leitor se posiciona do lado de Joaquim Barbosa, Protógenes Queiroz, Paulo Lacerda e Fausto de Sanctis, na certa está indignado com que estamos vivendo e entende que é preciso um movimento nacional para limpar toda esta sujeira e que o ministro Joaquim Barbosa lavou a alma de quem aposta que o Brasil tem jeito. Quanto aos outros que estão do outro lado não desejam um país melhor ou estão levando vantagem com tudo isto.

Tadeu Nascimento é servidor público e advogado.

Email: Tadeunascimento10@hotmail.com