O louco sou eu
Estive em São Paulo, capital, nesse fim de semana. Se New York é mais
louca, não sei. Mas São Paulo, onde já fui centenas de vezes, me choca
cada vez mais. Sem contar o óbvio, que é um mundaréu de gente; um
trânsito de veículos que é uma fábrica de loucos. No entanto, o que mais
me deixou chocado na maior cidade brasileira, foi a desigualdade. Das
as outras vezes que lá estive, não vi tanta miséria. Mas agravou-se
muito. O contraste econômico agora é gritante. Logo na cidade mais rica
do país. E isto ocorre por quase toda cidade. Nunca vi tanta gente
dormindo ao relento. Tantos sem teto. Tantos sem nada. Tantos esmolando.
Em rua perpendicular a Avenida Consolação, no coração da cidade, perto do meio financeiro mais importante do Brasil que é a Av. Paulista, um dos metros quadrados mais caros do planeta, existe um mundo paralelo, tal qual a periferia de Nova Deli, capital da Índia. Eu vi, meninos, eu vi, várias pessoas- a maioria pessoas idosas- dormindo sob marquises, enrolados em plásticos ou em cobertores imundos, enquanto várias Mercedes, BMW, Land Rover e outros caríssimos automóveis cujos motoristas, indiferentes, importunavam o sono dos "homeless". Conclui que tal disparate é uma vergonha para raça humana e uma afronta a Deus! Lembrei-me de Renato Russo: " A humanidade é desumana". Então fiquei a perguntar: Deus existe? Se existe- eu nunca deixei de acreditar que Ele existe- muita gente tem que pagar!
Apesar de tudo, domingo, resolvi matar a saudade homenageando-me com o antológico chope do quase centenário Bar Brahma, na Av. São João. O chope continua tão bom quanto antes, mas a visão do passeio público é de se estarrecer. Tantos seres humildes como os que acabei de relatar a passar rente ao famoso bar. Tantos doidos, tantos falando sozinho. Gente arrastando cobertores imundos e com cabelos e barbas imensas. Claro que passavam gente aparentemente "normais", mas evidentemente não chocavam quem os via. Entretanto, muitas pessoas exóticas, tipo casais de cabeludo "rastafari" de mão entrelaçada com uma de cabelos raspados apenas de um lado da cabeça, sugerindo "o que falta em você, sobra em mim!": ou seja, um antagonismo chocante; não sei quantos com o corpo quase todo tatuado, outros com dezenas de piercings encravados no rosto, nas orelhas, como se desafiassem a lógica dos normais. Em suma: um universo de gente estranha com gente esquisita! Um mundo de malucos!
Mas será que eles são os verdadeiros malucos? Por acaso, não seriam mais insanos os que trafegam com ternos George Armani ou Ermenegildo Zenga e que se matam nos escritórios, na bolsa de valores, nos caixas dos bancos, tais como robôs a serviço do sistema capitalista desumano e cruel que expulsa os mais desvalidos para a mais absoluta miséria? Fica claro que, para aqueles que servem o sistema capitalista o que importa é a grana! E os pobres? Ora, que se lasquem os pobres!
Estes esqueceram que um ser iluminado morreu na cruz, deixando a máxima que devemos amar o próximo. A verdade é que, o que eles amam mesmo, são os bens materiais e acreditam que vão levar esses bens acumulados para outro mundo! E assim é quase toda humanidade! Depois o louco sou eu!
Em rua perpendicular a Avenida Consolação, no coração da cidade, perto do meio financeiro mais importante do Brasil que é a Av. Paulista, um dos metros quadrados mais caros do planeta, existe um mundo paralelo, tal qual a periferia de Nova Deli, capital da Índia. Eu vi, meninos, eu vi, várias pessoas- a maioria pessoas idosas- dormindo sob marquises, enrolados em plásticos ou em cobertores imundos, enquanto várias Mercedes, BMW, Land Rover e outros caríssimos automóveis cujos motoristas, indiferentes, importunavam o sono dos "homeless". Conclui que tal disparate é uma vergonha para raça humana e uma afronta a Deus! Lembrei-me de Renato Russo: " A humanidade é desumana". Então fiquei a perguntar: Deus existe? Se existe- eu nunca deixei de acreditar que Ele existe- muita gente tem que pagar!
Apesar de tudo, domingo, resolvi matar a saudade homenageando-me com o antológico chope do quase centenário Bar Brahma, na Av. São João. O chope continua tão bom quanto antes, mas a visão do passeio público é de se estarrecer. Tantos seres humildes como os que acabei de relatar a passar rente ao famoso bar. Tantos doidos, tantos falando sozinho. Gente arrastando cobertores imundos e com cabelos e barbas imensas. Claro que passavam gente aparentemente "normais", mas evidentemente não chocavam quem os via. Entretanto, muitas pessoas exóticas, tipo casais de cabeludo "rastafari" de mão entrelaçada com uma de cabelos raspados apenas de um lado da cabeça, sugerindo "o que falta em você, sobra em mim!": ou seja, um antagonismo chocante; não sei quantos com o corpo quase todo tatuado, outros com dezenas de piercings encravados no rosto, nas orelhas, como se desafiassem a lógica dos normais. Em suma: um universo de gente estranha com gente esquisita! Um mundo de malucos!
Mas será que eles são os verdadeiros malucos? Por acaso, não seriam mais insanos os que trafegam com ternos George Armani ou Ermenegildo Zenga e que se matam nos escritórios, na bolsa de valores, nos caixas dos bancos, tais como robôs a serviço do sistema capitalista desumano e cruel que expulsa os mais desvalidos para a mais absoluta miséria? Fica claro que, para aqueles que servem o sistema capitalista o que importa é a grana! E os pobres? Ora, que se lasquem os pobres!
Estes esqueceram que um ser iluminado morreu na cruz, deixando a máxima que devemos amar o próximo. A verdade é que, o que eles amam mesmo, são os bens materiais e acreditam que vão levar esses bens acumulados para outro mundo! E assim é quase toda humanidade! Depois o louco sou eu!
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