quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Urubu branco: deve ser mascote do Fluminense, olha o peador verde na perna dele.




SE O URUBU NÃO FOSSE PRETO

Por Tadeu Nascimento

Se assim não fosse, como seria? A história poderia ser diferente, ou não? Se não existisse Pedro Ludovico, o que seria de Goiás? Se Juscelino continuasse a sua vida de médico e se não ingressasse na política, o que seria do Brasil? Antes disso, o que seria do Brasil se não fosse ele descoberto pelos portugueses? E o que seria dos portugueses se não descobrissem o Brasil? O que seria da ditadura de 64 se não existissem os militares? Se Tancredo não morresse antes da posse e fosse presidente, o que seria do Brasil? O que seria do Sarney? O que seria de Brasília se não existisse Goiás? Se não derrubassem o Collor, o que seria de Fernando Henrique? Se os juízes não roubassem do Botafogo- por vários anos- o que seria do Flamengo? O que aconteceria, se o juiz José Roberto Wright na semi-final da Libertadores não tivesse roubado escandalosamente do Atlético Mineiro a favor do Flamengo no Serra Dourada, Goiânia, em 1981? Se Armando Marques, juiz, mais conhecido como Elizabeth Taylor do futebol brasileiro, não cometesse a maior gafe da história do nosso futebol, ao impedir a cobrança do último pênalti do Santos contra a Portuguesa, em 1973? O que seria se a imprensa com o “já ganhou” não mexesse com os brios dos uruguaios na Copa de 50 em pleno Maracanã? Se não existisse John Lennon, o que seria dos Beatles? Do Queen se não existisse Fred Mercury? Se não existisse os Bush, pai e filho, o que seria do Bin Laden? (Bush pai, na década de 80 foi sócio do pai do Osama Bin Laden e patrocinou o mesmo Osama com armas e dinheiro na guerra do Afeganistão contra a Rússia e depois se virou contra o terrorista.)

O que seria da Luciana Gimenez se não existisse Mick Jagger? Da tristeza, se não existisse a alegria? O que seria do verde (principalmente da bandeira nacional), se não fosse o amarelo? O que seria do Clóvis sem a Zaira e vice-versa (meus pais)? O que seria do Tarzan sem a Jane? Do Dom Quixote, sem o Sancho Pança? Do Washington sem o Assis no Fluminense, campeão brasileiro em 85? Do Botafogo campeão brasileiro de 95, sem o artilheiro Túlio Maravilha? O que seria do Nion, se não existisse o Iris? O que seria do sul se não existisse o norte. Da vida, se não existisse a morte? O que seria da minha vida, sem a minha infância no Poço da Matinha do Córrego do Sapo em Rio Verde? Da minha juventude sem o Clube Rioverdense? Do pouco que eu sei sem o Ateneu Dom Bosco em Goiânia? O que seria do Daniel Dantas se não existisse Gilmar Mendes? O que seria do Faustão se não existisse os pobres de espírito? Do Roberto Justo sem os espíritos pobres? Do Big Brother, se todos brasileiros tivessem TV a cabo? Do Gugu Liberato se não existisse a idiotice?

O que seria de Romeu sem a Julieta? De Riobaldo sem Diadorim? De Xuxa, se um dia não namorasse Pelé? De Adriana Galisteu, sem a morte de Ayrton Senna? E o que seria de Pelé se não existisse a bola? De Garrincha se não existisse o drible? E do drible, se não existisse o Garrinha? De Vinicius, se não houvesse a paixão? De Chico Buarque, se não existisse genialidade? De Tom Jobim, se não houvesse o Rio de Janeiro? Da seleção Brasileira sem o Maracanã e vice-versa? Do pão sem a manteiga? Do vinho sem o queijo? O que seria do arroz com pequi, se não existisse Goiás? Da luz se não existissem os olhos? De Brasília se não existisse Goiás? Da Seleção Brasileira de 82 sem o Falcão? A de 70 sem o Jairzinho? Da história do Brasil sem Getúlio Vargas? De Noel sem o samba? Do samba sem o Noel? De Caymmi, sem o mar? De Bilac sem as estrelas- pálido de espanto? De Erasmo sem o Roberto? O que seriam dos “Detalhes” sem estar “Sentado à beira do caminho”? Da “Aquarela do Brasil sem Ary Barroso? De “Amélia que era mulher verdade” sem Mario Lago e Ataulfo Alves? O que seria de Dom Casmurro se não existisse Capitu? O que seria da Literatura Brasileira sem Machado de Assis? Da Capela Cistina sem Michelangelo? De Mona Lisa sem Da Vinci? Da arquitetura, sem Niemayer? O Que seria da “Gabriela, cravo e canela” se não existisse Sônia Braga? O que seria de “Troya” sem Homero? O que seria do “Poderoso Chefão” se não existisse Marlon Brando? O que seria de Casablanca, o filme, sem Humphrey Bogart? O que seria da canção “Smaile” se não houvesse Charles Chaplin?

O que seria do rico sem o pobre? Do sol sem a lua? Da praia sem o mar? Da calçada sem a rua e vice-versa? Das rosas sem o perfume (que exalam de ti- dez para o Cartola!). Do Rosa sem o “Grande sertão: veredas”? O que seria da Revolução Francesa sem Marat, Danton e Robespierre? Da “Marselhesa” (Allons enfaint de la patrie... ) se não houvesse a mesma Revolução Francesa? O que seria de “Guantanamera” sem as pobres da América? O que seria da América Latina sem Simon Bolivar e Che Guevara? Da Inconfidência Mineira, sem Tiradentes? De Tiradentes se não existisse Silvério dos Reis? O que seria de Jesus, se não existisse Judas?

Para o bem ou para o mal, as coisas são como são. É a evolução da vida. E como dizia o escritor Fernando Sabino: “Tudo dá certo no final; se não deu, é porque não chegou ao final”.

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