Duas estrelas: a minha e a do Botafogo
Por Tadeu Nascimento
Feliz no jogo, infeliz no amor (e vice-versa) é um dos mais conhecidos ditos populares. Não tenho que concordar com essa máxima. O Botafogo, time do meu coração, já fez o diabo comigo. Pra começar, ficou 21 anos sem ganhar um campeonato e só conseguiu tal façanha- depois de um longo jejum- graças a uma obra cabalística: no dia 21 de junho de 1987, aos 21 minutos do segundo tempo, justamente contra o seu arqui inimigo, Flamengo. Imagine o leitor, se realmente prevalecesse essa máxima, eu não teria- justamente na época que o Botafogo não ganhava nada, uma filha- única- que amo tanto, cuja mãe, é torcedora- advinha de que time- do Mengão, claro.
A vida tem sido assim. O Botafogo foi finalista do Campeonato Carioca nos 5 últimos anos e ganhou apenas um. E tal qual o meu time, eu quase fui feliz nestes 5 anos. Estou me referindo a minha vida particular. Quando iríamos (o Botafogo nos gramados e eu na vida) passar a mão na taça da felicidade, vem o destino e chuta a bola na trave, ou o juiz apita falta, ou uma bandeirinha exibicionista- que sairia na Playboy- ergue a famigerada bandeira, coisas que impedem de sermos felizes.
A minha estrela e a do Botafogo, andam quase sempre apagadas. Ás vezes, uma labareda vem iluminar o nosso caminho. O botafogo já foi rebaixado (2002)- pra Segundona do Brasileirão- ou quase, por muitas vezes, como no ano passado. Eu- nem é bom falar-, vivo sempre tentando me manter na primeira divisão do meu campeonato particular. Às vezes caio também. Aliás, o Botafogo e eu, infelizmente, sofremos a síndrome da perseguição: "tem coisas que só acontecem com o Botafogo" e, claro, comigo. Sempre achamos que somos injustiçados- pra não falar, ludibriados. Mas o que fazer? O cidadão muda de cidade, de país, de mulher, de até de sexo, mas não muda de time.
Coincidência ou não, a estrela sempre foi característica dos perseguidos: os judeus tinham como o símbolo uma estrela de 5 pontas, a de Salomão, como a do alvinegro carioca. Depois, com a perseguição de Hitler, os judeus adotaram (na sua bandeira) uma seis pontas- acho que é por mais um sofrimento-, a estrela de Davi. Se o Botafogo fosse um time israelense, teria sua sede ao lado do Muro das Lamentações e seria trapaceado pelos times do Hamas, do Hezbollah, ou do Fatah, sei lá! Só ganharia dos Kibutz Futebol Clube que seria o Vila Nova deles. O Botafogo e eu somos totalmente passionais. Vivemos de ilusões. Mal surge um razoável jogador, ou ganha uma partida de um time de renome, pronto, somos os melhores do mundo! Lotamos os estádios, vestimos a camisa do time, contamos vantagens mil. Basta uma derrota para um time pequeno e logo caímos na real. Na vida pessoal, não é diferente, quando entendo que tudo está bem, eis que cai um chuvisco que se transforma em tempestade, o teto desaba e o sonho acaba.
Botafogo Futebol e Regatas. Há muitos anos, ouvi de um comentarista esportivo que deveriam excluir o sobre nome Regatas- pois se o Botafogo é o clube mais supersticioso do Brasil, "a diretoria do clube deveria entender que o azar do time está no prefixo 'Re' que puxa as 'gatas' para trás e isso não é legal! Daí a sina de ser re-bai-xa-do, ou quase. Acho,- defendia ele- que se mudassem pra Posgatas ou Progatas, cabalisticamente o Botafogo seria o maior de todos"- Faz sentido.
Pra terminar, estive no Rio de Janeiro em junho de 2009. Final do Campeonato Carioca. Botafogo x Flamengo. Uma voz sobrenatural (talvez de algum parente meu Almeida) ou a minha insegurança, aconselharam-me a não ir ao Maracanã. Não fui. Dito e feito: o Mengo foi campeão e o Bota, vice. E bota vice nisso! Pela terceira vez consecutiva! Mais uma vez, quase feliz. No céu do Rio estouravam foguetes e rojões! Me senti um idiota, por torcer para um time que tem vocação pra ser vice. Vice é pior que ex-namorado, ex-marido. É algo parecido com ex-corno. Ex-corno não existe, mas o cidadão antes de ser corno, poderia ter sido feliz um dia, mas vice nunca é feliz; é um ser que existe-não-exite! Serve pra quê? A gente nunca se lembra de quem foi vice de qualquer coisa! O Brasileirão/2010 está na 11ª rodada campeonato e o Botafogo se encontra na faixa do rebaixamento (escrevo esta crônica no dia 30 de julho). Lá vai o Tadeu para o mesmo destino! Mais uma vez. Mas um dia, o Bota vai ser muito feliz e eu também. Como viu o leitor, sou um otimista!
Por Tadeu Nascimento
Feliz no jogo, infeliz no amor (e vice-versa) é um dos mais conhecidos ditos populares. Não tenho que concordar com essa máxima. O Botafogo, time do meu coração, já fez o diabo comigo. Pra começar, ficou 21 anos sem ganhar um campeonato e só conseguiu tal façanha- depois de um longo jejum- graças a uma obra cabalística: no dia 21 de junho de 1987, aos 21 minutos do segundo tempo, justamente contra o seu arqui inimigo, Flamengo. Imagine o leitor, se realmente prevalecesse essa máxima, eu não teria- justamente na época que o Botafogo não ganhava nada, uma filha- única- que amo tanto, cuja mãe, é torcedora- advinha de que time- do Mengão, claro.
A vida tem sido assim. O Botafogo foi finalista do Campeonato Carioca nos 5 últimos anos e ganhou apenas um. E tal qual o meu time, eu quase fui feliz nestes 5 anos. Estou me referindo a minha vida particular. Quando iríamos (o Botafogo nos gramados e eu na vida) passar a mão na taça da felicidade, vem o destino e chuta a bola na trave, ou o juiz apita falta, ou uma bandeirinha exibicionista- que sairia na Playboy- ergue a famigerada bandeira, coisas que impedem de sermos felizes.
A minha estrela e a do Botafogo, andam quase sempre apagadas. Ás vezes, uma labareda vem iluminar o nosso caminho. O botafogo já foi rebaixado (2002)- pra Segundona do Brasileirão- ou quase, por muitas vezes, como no ano passado. Eu- nem é bom falar-, vivo sempre tentando me manter na primeira divisão do meu campeonato particular. Às vezes caio também. Aliás, o Botafogo e eu, infelizmente, sofremos a síndrome da perseguição: "tem coisas que só acontecem com o Botafogo" e, claro, comigo. Sempre achamos que somos injustiçados- pra não falar, ludibriados. Mas o que fazer? O cidadão muda de cidade, de país, de mulher, de até de sexo, mas não muda de time.
Coincidência ou não, a estrela sempre foi característica dos perseguidos: os judeus tinham como o símbolo uma estrela de 5 pontas, a de Salomão, como a do alvinegro carioca. Depois, com a perseguição de Hitler, os judeus adotaram (na sua bandeira) uma seis pontas- acho que é por mais um sofrimento-, a estrela de Davi. Se o Botafogo fosse um time israelense, teria sua sede ao lado do Muro das Lamentações e seria trapaceado pelos times do Hamas, do Hezbollah, ou do Fatah, sei lá! Só ganharia dos Kibutz Futebol Clube que seria o Vila Nova deles. O Botafogo e eu somos totalmente passionais. Vivemos de ilusões. Mal surge um razoável jogador, ou ganha uma partida de um time de renome, pronto, somos os melhores do mundo! Lotamos os estádios, vestimos a camisa do time, contamos vantagens mil. Basta uma derrota para um time pequeno e logo caímos na real. Na vida pessoal, não é diferente, quando entendo que tudo está bem, eis que cai um chuvisco que se transforma em tempestade, o teto desaba e o sonho acaba.
Botafogo Futebol e Regatas. Há muitos anos, ouvi de um comentarista esportivo que deveriam excluir o sobre nome Regatas- pois se o Botafogo é o clube mais supersticioso do Brasil, "a diretoria do clube deveria entender que o azar do time está no prefixo 'Re' que puxa as 'gatas' para trás e isso não é legal! Daí a sina de ser re-bai-xa-do, ou quase. Acho,- defendia ele- que se mudassem pra Posgatas ou Progatas, cabalisticamente o Botafogo seria o maior de todos"- Faz sentido.
Pra terminar, estive no Rio de Janeiro em junho de 2009. Final do Campeonato Carioca. Botafogo x Flamengo. Uma voz sobrenatural (talvez de algum parente meu Almeida) ou a minha insegurança, aconselharam-me a não ir ao Maracanã. Não fui. Dito e feito: o Mengo foi campeão e o Bota, vice. E bota vice nisso! Pela terceira vez consecutiva! Mais uma vez, quase feliz. No céu do Rio estouravam foguetes e rojões! Me senti um idiota, por torcer para um time que tem vocação pra ser vice. Vice é pior que ex-namorado, ex-marido. É algo parecido com ex-corno. Ex-corno não existe, mas o cidadão antes de ser corno, poderia ter sido feliz um dia, mas vice nunca é feliz; é um ser que existe-não-exite! Serve pra quê? A gente nunca se lembra de quem foi vice de qualquer coisa! O Brasileirão/2010 está na 11ª rodada campeonato e o Botafogo se encontra na faixa do rebaixamento (escrevo esta crônica no dia 30 de julho). Lá vai o Tadeu para o mesmo destino! Mais uma vez. Mas um dia, o Bota vai ser muito feliz e eu também. Como viu o leitor, sou um otimista!
Pra começar
ResponderExcluirDizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
Pra te enganar
escondo num sorriso a dor
Que sinto ao te ver passar
Na rua com seu novo amor
Se eu te encontrar
Não me pergunte como eu tô
Não saberia te explicar
Pra mim ainda não terminou
Pra começar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
Pra te enganar
Escondo num sorriso a dor
Que sinto ao te ver passar
Na rua com seu novo amor
Se eu te encontrar
Não me pergunte como eu tô
Não saberia te explicar
Pra mim ainda não terminou
Pra terminar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
Pra te enganar
escondo num sorriso a dor
Que sinto ao te ver passar
Na rua com seu novo amor
Se eu te encontrar
Não me pergunte como eu tô
Não saberia te explicar
Pra mim ainda não terminou
Pra terminar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
E pra terminar
Dizer que o amor chegou ao fim
Esqueça de me perguntar
Se ainda há amor em mim
Batidas na porta da frente
ResponderExcluirÉ o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
VAI SER ESSE ANO RAPA....VAMO SER CAMPEÃOOOOO!!
ResponderExcluirFALTAM 4 PONTOS... hiauHAIHua