Seremos todos "bundistas"
Por Tadeu Nascimento
Muitos de meus amigos vão pegar no meu pé por conta dessa crônica. Mas não tenho como fugir, é meu ofício. Vamos lá. Se você é chegado a um churrasco, então aproveite, porque, daqui a alguns anos- lamento decepcioná-lo- será cada vez mais difícil degustar um pedaço de vaca no espeto ou na panela. Provavelmente seus netos não terão esse prazer. Somos as últimas gerações a ingerir carne vermelha. O mundo- daqui uns anos- trocará a carne bovina, suína, ovina, por peixes, crustáceos, moluscos e outros bichos d’agua. Aliás, apesar dos interesses dos ricos criadores de gado, campanhas contundentes contra o consumo da carne bovina estarão em evidências. Coisas do 3º milênio. Um estudo publicado pela FAO- Food and Agriculture Organization voltado para alimentação e agricultura, assegurou que os bovinos estão entre os maiores responsáveis pela emissão de gases causadores do aquecimento global. E tal aquecimento, por sua vez, é a causa dos tsunamis, tufões, terremotos e de outras catástrofes. O relatório intitulado "A grande sombra da Agricultura" afirma que os bovinos geram mais gases de efeito estufa do que o setor de transporte em todo o mundo, com sua incessante queima de combustíveis a base de petróleo. E segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente- PNUMA, agência da ONU- além dos desmatamentos para pasto, o gado vacum, com seus puns, isso mesmo, puns, gases, flatulências, estão aquecendo o planeta. Assim como os tubos de aerozol exalam gases que destroem a camada de ozônio, os puns das vacas estão aumentando o efeito estufa do planeta, posto que são ricos em gás metano (CH4) que é 21 vezes mais prejudicial que o famoso dióxido de carbono (CO2) ao homem e a natureza. E ainda de acordo com o mesmo relatório, o gado bovino emite, através de seus puns, 4 toneladas de metano ao ano em comparação às 2,7 toneladas de CO2 emitidas por carros populares. O eterno beatle Paul McCartney está liderando uma campanha contra a criação dos gado bovino e suíno em prol do não aquecimento do planeta. Enquanto aqui na terra brasilis, o estado de Goiás, detém "com muito orgulho", o título do maior rebanho de gado do país. Por via de consequência, é o estado campeão em exalar de puns de vacas e de bois. (Oh, trem bão é Goiás!). Sinto-me orgulhoso em ser goiano, mas quando se fala nesse tipo de ranking, saio de fininho, pois não tenho terra nem debaixo da unha e muito menos, uma bezerrinha para poluir o meio ambiente!
E ainda- é bom que se diga- que a maioria das áreas desmatadas da Amazônia, por exemplo, não são aproveitadas para agricultura, mas sim à pecuária. Além das toxinas da carne, os hormônios, o colesterol, inimigo número um das artérias do coração humano, o aquecimento global pelos puns bovinos será um dos fortes argumentos para as campanhas ambientalistas- que serão cada vez mais ferrenhas- contra os desmatamentos, impostas por todas nações mundo- e ainda mais e principalmente, pela razão econômica em face do crédito de carbono. Ao invés de se queimar áreas, visando criação de gado, ganharão muito mais vendendo a peso de ouro o crédito de carbono em função da preservação da floresta. O que poderá dar sobrevida ao planeta com o reflorestamento.
Além de tudo isso, existe uma tese na qual os animais que se alimentam de carne de outros animais são mais ferozes. Partindo dessa premissa seremos mansinhos-mansinhos. Portanto, sugiro que você vai já se acostumando, se deliciar com outras alternativas como lobós no espeto, lambaris ao termidor, pererecas com manjericão etc. Não será tão difícil. Como disse, acostuma-se. Na Índia, 90% da população, desde os tempos do Buda, não se consome carne de qualquer bicho. Com isso, especializaram-se em temperos para enriquecer sua culinária. Ficaram tão bons nesse quesito que tais medidas chamaram a atenção da Europa nos séculos XIV e XV: as especiarias da Índia. Em busca de ingredientes que melhorassem a (insossa) comida europeia, acabaram por levar os navegantes ao descobrimento das Américas no famoso episódio do "Caminho para as Índias." A nós moscada, o cravo da Índia, a canela, cana-de-açúcar e até muitas frutas como- pasmem!, a manga que poucos sabem que é indiana. Seu nome científico é "mangifera indica” ( pronuncia-se mangífera índica) que significa fruta de comer (manjar) aos pedaços (da Índia). Segundo muitos gastrônomos, a comida indiana é a melhor do mundo! Com isso, talvez em face da alimentação vegetariana, tenhamos alguns gurus, avatares, ascetas, sidartas gualtamas e até, quem sabe, um dalai lama, por que não? Vai chegar o dia em que o capiau vai dizer: "Nóis tá virando tudo bundista!"
E ainda- é bom que se diga- que a maioria das áreas desmatadas da Amazônia, por exemplo, não são aproveitadas para agricultura, mas sim à pecuária. Além das toxinas da carne, os hormônios, o colesterol, inimigo número um das artérias do coração humano, o aquecimento global pelos puns bovinos será um dos fortes argumentos para as campanhas ambientalistas- que serão cada vez mais ferrenhas- contra os desmatamentos, impostas por todas nações mundo- e ainda mais e principalmente, pela razão econômica em face do crédito de carbono. Ao invés de se queimar áreas, visando criação de gado, ganharão muito mais vendendo a peso de ouro o crédito de carbono em função da preservação da floresta. O que poderá dar sobrevida ao planeta com o reflorestamento.
Além de tudo isso, existe uma tese na qual os animais que se alimentam de carne de outros animais são mais ferozes. Partindo dessa premissa seremos mansinhos-mansinhos. Portanto, sugiro que você vai já se acostumando, se deliciar com outras alternativas como lobós no espeto, lambaris ao termidor, pererecas com manjericão etc. Não será tão difícil. Como disse, acostuma-se. Na Índia, 90% da população, desde os tempos do Buda, não se consome carne de qualquer bicho. Com isso, especializaram-se em temperos para enriquecer sua culinária. Ficaram tão bons nesse quesito que tais medidas chamaram a atenção da Europa nos séculos XIV e XV: as especiarias da Índia. Em busca de ingredientes que melhorassem a (insossa) comida europeia, acabaram por levar os navegantes ao descobrimento das Américas no famoso episódio do "Caminho para as Índias." A nós moscada, o cravo da Índia, a canela, cana-de-açúcar e até muitas frutas como- pasmem!, a manga que poucos sabem que é indiana. Seu nome científico é "mangifera indica” ( pronuncia-se mangífera índica) que significa fruta de comer (manjar) aos pedaços (da Índia). Segundo muitos gastrônomos, a comida indiana é a melhor do mundo! Com isso, talvez em face da alimentação vegetariana, tenhamos alguns gurus, avatares, ascetas, sidartas gualtamas e até, quem sabe, um dalai lama, por que não? Vai chegar o dia em que o capiau vai dizer: "Nóis tá virando tudo bundista!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário