domingo, 28 de junho de 2009

Leonardo di Caprio e o Viagra
Por Tadeu Nascimento

O Viagra é uma das invenções ou descobertas mais importantes da humanidade. Salvou casamentos, evitou suicídios, melhorou a vida dos diabéticos, trouxe de volta os sorrisos nos velhinhos sem futuro e os homens passaram a ser mais românticos. As mulheres passaram a cantar mais “A Ciganinha” e a varrer o quintal com mais gosto e passar os bifes sem espirrar fritura no fogão. As noites ficaram mais estreladas e mais belas. É bem verdade que no dia seguinte o cidadão está um caco; mas feliz e com o ego do tamanho de uma jaca. É de se perguntar: o Brasil inteiro está mais alegre e sentindo menos dores, porque o Viagra é o medicamento mais vendido no país superando até o Dorflex, ou será porque para muitos o Viagra age também como analgésico? Sem hipocrisia, as mulheres não se importam se seus homens fazem uso de tal meio desde que façam bom uso dele quando chegarem na hora H. No entanto o Viagra causou mil conseqüências e muitas delas hilariantes. Imagine o leitor quantas histórias aconteceram nos rincões deste Brasil, como essas que passo a relatar:
O cidadão chega à farmácia e chama o atendente ao balcão: Meu amigo (falando no volume de som normal), - eu quero um Viagra (já sussurrando- por motivo óbvio).
E o vendedor: como é que é?
E o comprador fala bem baixinho ao pé do ouvido do trabalhador da farmácia:
-Eu quero um Viagra
E o vendedor: Hein? Fala mais alto!
- Eu- que-ro- um- Vi-a-gra! insiste o comprador- já se alterando.
E o da farmácia: Num tô entendendo nada, fala mais alto!
- Meu amigo, eu quero um Vi-a-gra! - repete falando mais baixinho ainda o comprador.
- Meu senhor, se o senhor não falar em alto e em bom som eu não saberei o que o senhor deseja!- exalta o vendedor.
- Ô seu surdo, eu apenas quero comprar um Vi-a-gra - quase inaudível!
-O senhor pode falar num volume de som mais alto?- questiona, já nervoso o atendente da farmácia.
E o comprador gritando:
- Sua anta, eu quero comprar um Vi-ck–va-po-rub!
-Ah,-responde o aprendiz de farmacêutico, em alto e bom som- eu pensei que o senhor queria comprar um Viagra!

Outra historinha: Ao ver o marido vestindo o paletó a esposa perguntou:
Aonde você vai?
Vou ao médico- respondeu ele.
E ela: Por que? Você está doente?
- Não. Vou ver se ele me receita esse tal de Viagra.
Ela levantou-se e começou a vestir o casaco.
Ele perguntou: E você? Aonde vai?
- Ao médico também- respondeu ela.
- Por que?
- Quero pedir para tomar uma anti-tetânica.
- Mas... Por que?
- Vai que essa coisa velha volte a funcionar!

Outra: antes do milagre do Viagra, nem um bilhete premiado da mega sena faria o velho Atanagildo abrir um sorriso. Mas quando o Viagra chegou às farmácias da pequena Capão da Serra, Atanagildo Penna, dos Penna de Araguari, cavalgando os seu 75 anos, exclamou para si mesmo:
- Atanagildo, Atanagildo! Se prepara que sua velhice deu marcha-ré! És novamente um garotão arretado!
E foi com rapidez de seriema em mato ralo que ele se aportou na farmácia de Serafim Quelé:
- Quelé, chega de Tônico Apruma Leão! Me dê logo este tal de Viagra que lá em São Paulo, está fazendo velhinho de 120 anos namorar menina moça de 15! Solte logo umas quatro caixas!
Decolou-se da farmácia de Quelé e aterrissou-se na cadeira de Quinzinho Barbeiro:
- Quinzinho, mete nesta cabeleira de algodão uma tintura da mais juvenil, que eu quero fazer inveja àquele afundador de canoas, o tal de Leonardo di Caprio!
Duas horas depois enfiado em uma camisa vermelha e numa calça que sufocava as partes baixas, se mandou pra Praça da Matriz, onde com o gogó aprumado e areado, gritou:
- Ai de ti, Capão da Serra, que o menino Atanagildo Penna está na área! Não vai sobrar pedra sobre pedra! Usou batom, não for palhaço de circo e não for boiola, se prepara, porque Atanagildo está pela segunda vez com 18 anos!
Enfiou logo 10 comprimentos goela abaixo para atender a demanda e partiu para o ataque. Não completou dois quarteirões, sentiu um repuxão nas partes pudicas, uma elasticidade estranha no baixo ventre, um formigamento em todas as pontas do seu organismo, um aceleramento no coração e um calor de forno de padaria na de cabeça.
E foi numa tristeza de boi em matadouro que ele se despediu:
- Este tal de Viagra chegou em hora atrasada! Estou partindo para o altíssimo! Se preparem anjas e querubinas que o menino Atanagildo está chegando!
É, o velho Atanagildo provou que além de trazer felicidade o Viagra pode “ressuscitar” os mortos e enterrar os vivos.

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